A expectativa de uma eventual candidatura do ex-prefeito Mauro Mendes não é de confiança do arco de oposição, que trabalha somente com os nomes do senador Wellington Fagundes (PR) e do conselheiro Antônio Joaquim Neto, afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A explicação do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), de Cuiabá, serviu para contrapor às declarações de dirigentes do PSDB, de que a oposição não possui nomes e busca candidatos na base aliada para enfrentar o governador José Pedro Taques (PSDB), no pleito de outubro deste ano.
Emanuel Pinheiro afirmou que Wellington Fagundes e Antônio Joaquim têm condições políticas e envergadura eleitoral para bater de frente com Taques, com chances de vencer. Ele recorda que, neste época, em 2016, as pesquisas indicavam que não teria muita chance, caso Mauro Mendes fosse à reeleição, mas hoje é o prefeito da Capital.
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“Quem decide é o grupo. A pesquisa é sempre boa, mas como ninguém começou a trabalhar ainda no Estado, se você for fazer uma pesquisa agora, claro que o Wellington Fagundes, atual senador em plena atividade, o nome mais pacificado e que disputou mais eleições. Ele sai na frente. Então, não é isso que buscaremos”, argumentou o chefe do Poder Executivo de Cuiabá, ao lado do governador Pedro Taques, durante visita às obras do novo Hospital e Pronto Socorro Municipal, nesta segunda-feira (29).
Emanuel Pinheiro cita que pesquisas qualitativas vão ajudar a definir o nome do candidato oposicionista. “O que vale mais é o perfil. Então, vale mais uma pesquisa qualitativa do que quantitativa. Quando fui candidato a prefeito de Cuiabá, fiz isso. Mauro Mendes era candidato. Se fosse uma pesquisa quantitativa lógico que ele estaria na frente. Eu queria uma qualitativa. E na qualitativa demonstrava tudo e o único que poderia enfrentá-lo seria o então deputado Emanuel Pinheiro. E ali também tinha várias informações que me fizeram aceitar”, ponderou Pinheiro, que assumiu a disputa pelo grupo de oposição contra Mauro Mendes, que era visto como favorito.
A projeção de Pinheiro é de que a força do grupo é mais importante do que nomes, seja Antônio Joaquim ou Fagundes. “O que vale ai é a força do grupo. O grupo é muito forte. A proposta para Mato Grosso é discutir um novo momento para o Estado. Virar a página em varias áreas. Então, isso que vai ser mais importante. A intenção de votos de deste momento pouco ajuda”, avaliou ele.
Existe o entendimento do senador do PR com o conselheiro do TCE de que um vai apoiar o outro. “Eu recebi uma mensagem do senador Wellington, antes dele fazer essa viagem para o exterior. Ele e o conselheiro Antônio Joaquim se reuniram em Brasília e estão extremamente afinados por um projeto para Mato Grosso. Não há briga. Não há puxada de tapete. Não há faca nas costas. Não há jogadinha. Não há nada”, revelou Emanuel.
O entendimento de que o projeto para o desenvolvimento de Mato Grosso deve prevalecer sobre possíveis nomes foi firmado por Fagundes e Antônio Joaquim. “A conversa está limpa, clara e transparente. Então, o desejo de apresentar um projeto alternativo para Mato Grosso está sendo maior que qualquer outra vontade pessoal. A vontade pessoal está sendo deixada de lado. Isso eu posso assegurar para vocês”, complementou Pinheiro.
