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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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PGE tenta reverter

“Decisão judicial se cumpre e se recorre”, afirma Taques sobre impedimento de rescisão com VLT

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

“Decisão judicial se cumpre e se recorre”, afirma Taques sobre impedimento de rescisão com VLT
O governador Pedro Taques (PSDB) se posicionou, na manhã de segunda-feira (29), sobre a decisão do da desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que proibiu a rescisão do contrato de R$ 1,47 bilhão com o Consórcio Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). Segundo o chefe do Executivo, “decisão judicial se cumpre e se recorre”. Além disto, ele informou que isto não atrapalhará em nada o edital que está sendo preparado.


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“Decisão judicial se cumpre e se recorre, faz parte do jogo da democracia. Agora, eu quero dizer para o senhor que está me ouvindo, o ex-governador confessou que recebeu R$ 18,5 milhões do Consórcio, eu queria saber se o senhor vai firmar contrato com esse Consórcio sabendo que ele pagou autoridades”, disse o governador.
 
Taques ainda continuou: “Nós, não. Nós rompemos o contrato, eles discutiram isso legitimamente, agora a procuradora-geral do Estado, Gabriela Novis Neves, está recorrendo. Nós não podemos nos espantar com decisão judicial. Decisão judicial se cumpre, se debate e se recorre”.
 
Em entrevista recente, o secretário de Cidades (Secid), Wilson Santos (PSDB), afirmou que confia em uma decisão favorável ao recurso do Estado. “Tenho certeza que esta decisão monocrática será reformada. Não é uma decisão definitiva, a fundamentação é de que o consórcio não teve acesso e direito a sua ampla defesa. Isso é mentira, teve sim acesso. A empresa fugiu várias vezes da notificação e quando notificada, teve o seu direito de responder”.
 
“O Consórcio se furtou de responder. Não vou mudar absolutamente nada, o edital continuará a ser elaborado. A previsão é de que até o dia 25 de março o edital esteja na rua. Até lá, acredito que a decisão monocrática será revertida pela PGE”, reafirmou o secretário de Cidades, em entrevista à Rádio Capital.
 
A assessoria do Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande afirma que "os fatos apresentados ao Judiciário, através dos quais demonstrou a total improcedência das alegações apresentadas pelo Estado para justificar a rescisão do contrato. O Consórcio destaca que tem pleno interesse em retomar e concluir a implantação do VLT e reúne todas as condições necessárias para esse objetivo".
 
Salgadeira
 
O governador também aproveitou para falar sobre o embargo das obras no Complexo da Salgadeira. “A obra está parada há muito tempo, uma parte foi embargada por questões administrativas. Por exemplo, o guindaste era diferente, mas já está sendo regularizado pela própria empresa. Isso não cabe ao Estado de Mato Grosso. Vamos terminar esta obra com dois diferenciais, além da qualidade. Primeiro, o projeto foi feito sem a estação de tratamento de esgoto. Todos os dejetos eram jogados no rio. Nós exigimos, mudamos o contrato, agora a estação de tratamento de esgoto está pronta e com filtro. Em segundo lugar, antes era proibido banho, agora fizemos um acordo com o Ministério Público, assinamos um TAC, esta obra será entregue para o povo de Cuiabá”.
 
VLT
 
Até o momento, a obra do VLT tem 55% de execução. Para terminar os outros 45%, o Executivo decidiu realizar um novo edital, também na modalidade de Regime Diferenciado de Contratação (RDC), para que seja contratada uma empresa ou um conjunto delas (consórcio). Um levantamento está sendo feito, mas Wilson crê que este valor não deva ultrapassar os R$ 450 milhões.
 
Porém, o secretário explica que “R$ 313 milhões o Estado reconhece como direito do Consórcio VLT pelo que ele fez até dezembro de 2014. Entre o que precisa ser pago estão: três medições que não foram pagas (outubro, novembro e dezembro); 28 reajustes; atualização financeira e variação cambial”.
 
Como já havia adiantado ao Olhar Direto, o secretário explicou que existe um esforço para que o preço seja enxugado: “Teremos o túnel que vai ligar o Consil ao Araés/Baú, que estava no escopo do VLT e isso agora vai ser feito pela prefeitura, o que nos fará economizar R$ 1,5 ou R$ 2 milhões. Além disto, teremos mais R$ 25 milhões de economia com a exclusão daquela trincheira na avenida do CPA, a Luiz Felipe”.
 
A trincheira Luiz Felipe teria 340 metros de extensão por 32 metros de largura. Seria constituída da via permanente, para passagem do VLT, e três faixas de rolamento por sentido, para tráfego geral dos veículos. Sobre a trincheira também era prevista a construção de uma rotatória que seria usada para conversão e acesso à rua Luiz Felipe - sentido Rodoviária de Cuiabá -, e em direção ao bairro Terra Nova.
 
As obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) tiveram início em 2012, com previsão de conclusão em março de 2014, três meses antes da Copa do Pantanal Fifa 2014, tendo Cuiabá como uma das sedes – quatro jogos foram realizados na Arena Pantanal José Fragelli. Alegando não ter recebido por parcela considerável do que já havia realizado, o Consórcio VLT paralisou as obras em dezembro de 2014.
 
Após a posse, o governador Pedro Taques determinou auditoria nas obras e no contrato do Consórcio VLT. Constatou-se superfaturamento e falhas pontuais, como a aquisição antecipada das locomotivas e vagões do VLT supostamente por causa de um período de baixa do dólar.
 
Em fins de 2015, por determinação do juiz Ciro Arapiraca, da Seção Judiciária de Mato Grosso, houve a retomada das conversações do governo com o Consórcio VLT, para que as obras pudessem ser concluídas. Após a delação premiada de Silval Barbosa, revelando que houve corrupção, o contrato foi rompido. No início, o valor do projeto foi fixado em R$ 1,447 bilhão.
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