O que era especulação de bastidores se confirmou nesta sexta-feira (2), com o grupo ligado ao governador José Pedro Taques (PSDB) assumindo o controle do PPS, dando uma
rasteira épica no ex-prefeito Percival Muniz, de Rondonópolis, até então presidente da Executiva de Mato Grosso. Desde ontem o comando da nova comissão provisória do PPS está com o secretário de Estado de Educação, professor Marco Aurélio Marrafon, considerado da estrita confiança de Pedro Taques.
Dos novatos, nenhum é ligado a Percival, que se considera excluído pelo Diretório Nacional. A canetada foi assinada pelo presidente da Executiva Nacional, deputado pernambucano Roberto Freire.
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Na nova composição, o primeiro vice-presidente do PPS é Wagner Simplício, bolchevique histórico, militante do PPS há décadas e atual adjunto da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Simplício nunca foi do grupo de Percival. O segundo vice-presidente é o médico Werley Peres, ex-secretário de Saúde de Cuiabá e médico particular do governador, a quem acompanha desde o PDT – 2009 – antes da candidatura ao Senado.
O secretário-geral é Valdir Macagnan, do Livres, movimento que defende pautas como liberalismo econômico, legalização da maconha, do aborto e de casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Na verdade, o grupo ligado a Taques deixou o
nanico PSL para se desvincular do deputado fluminense Jair Bolsonaro, aspirante à Presidência da República. E a primeira secretária-geral foi entregue à advogada Luciana Serafim, comissionada na Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), enquanto o tesoureiro é José Adolpho Avelino Vieira, atual presidente da Desenvolve MT e ex-secretário-chefe da Casa Civil. Militante historio e ex-secretário de Estado de Cultura, Jurandir Antônio Francisco ficou com a primeira Tesouraria do PPS de Mato Grosso.
Há semanas os boatos nas redes sociais indicavam a ida de Marco Marrafon para o PPS, por intermédio do movimento Agora!, que agrega lideranças de diversos estados. E o objetivo é buscar uma agenda positiva para estabelecer práticas novas na política respeitando bandeiras como humanismo, tolerância e diminuição da desigualdade social.
Embora não haja nada definido, a principal nacional do movimento é o apresentador de TV Luciano Huck, que segou a ser cotado para disputar a presidência da República, mas não avançou. Apesar disso, o projeto político de Huck ainda está em discussão e pode se tornar realidade.
É praticamente certo que mais três integrantes do primeiro escalão de Taques, excluídos do PSB, vão ingressar no PPS: Suelme Evangelista Fernandes, secretário de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários; Leonardo de Oliveira, adjunto de Esportes e Lazer da Seduc; e Beto Corrêa, assessor especial da Casa Civil.
Existe a perspectiva de o secretário Marcelo Duarte Monteiro, de Estado de Infraestrutura e Logística, se filiar ao PPS. Todavia, por ser ligado ao agronegócio e estar vinculado ao vice-governador Carlos Fávaro, presidente regional do PSD, a tendência é de que ingresse no Partido do chefe. Marcelo deve disputar uma cadeira na Câmara Federal.
Marco Marrafon sonha com o Senado, mas a prioridade é lutar por uma vaga na Câmara dos Deputados. Para isso, terá de se desincompatibilizar da Seduc até 6 de abril.
É a movimentação Agora!
Quem pensa que o
Movimento Agora! está parado, engana-se. Possui site e avisa que é um movimento de ação política a partir da sociedade, independente e sem vinculação partidária. Ainda no site explica que seus membros são referências em suas áreas de atuação que compreenderam a urgência de dedicar parte de seu tempo e conhecimento para mergulhar nos problemas e buscar soluções para o país.
Pronto para apoiar Luciano Huck, o Agora! expõe em seu site que é formado por gente que resolveu deixar “os lados de lado” para construir uma nova agenda de políticas públicas para o Brasil.
