Mantendo contatos diários com alguns dos principais líderes e dirigentes políticos de Mato Grosso, o ex-governador Jayme Campos (DEM), secretário de Assuntos Estratégicos de Várzea Grande, admite disputar qualquer cargo em outubro deste ano ou mesmo não sair a nada, participando do pleito como simples militante. E numa eventual candidatura ao governo de Mato Grosso estaria pronto até mesmo para enfrentar o governador José Pedro Taques (PSDB), que deve buscar a reeleição.
Cobrado pelas bases do DEM, ele diz que não se furta do embate. “Estou preparado para ser governador, senador ou para não sair a nada. Não sou filho de pai assombrado! Estou com todos os filhos criados”, disparou Jayme, sobre a perspectiva de enfrentar Pedro Taques ou outro adversário, numa batalha pelo comando do Palácio Páiaguás.
Leia mais:
- Nilson Leitão diz que candidatura ao Senado ajuda Taques e cita que maioria se elegeu em chapa de governador
- Emanuel Pinheiro afirma que saída de Maggi ‘zera o jogo’ e vê chance para Wellington crescer na disputa
Independente do caminho a ser seguido, espera o aval do Democratas e da população de Mato Grosso para um projeto consistente. “Mas desejo um projeto de desenvolvimento para apresentar à população mato-grossense. Com grande, altivez e de forma despojada. Aliás, provei na eleição passada [2014] que não sou apegado a cargo. Renunciei após as convenções. E não veto ninguém! Converso com Taques, [Carlos] Bezerra, [Wellington] Fagundes, [Carlos] Fávaro, [Nilson] Leitão e com quem precisar”, resumiu ele.
Jayme Campos afiançou que jamais sairia candidato a qualquer cargo contrariando o seu grupo. “A candidatura deve vir com o povo e eu faço política em grupo. Não faço do ‘eu sozinho’. Não faço política de forma isolada. Na discussão, envolvo o meu partido e outros partidos. As pesquisas dizem que estou bombando, sem grandes articulações”, ponderou o secretário de Assuntos Estratégicos de Várzea Grande.
E avisou que não tem paradeiro, inclusive nos finais de semana. “Enquanto alguns bacanas estavam dormindo, eu participei de quatro aniversários [no sábado e no domingo]. E um no Sucuri [em Cuiabá] em que tinha 600 pessoas. Ando conversando com o povo. E ouvindo. Fui em casamento e batizado. Na sexta-feira [2] conversei com Nilson Leitão e Fábio Garcia [em almoço]”, complementou Jayme Campos.
A filiação do grupo de Mauro Mendes está prevista para a segunda quinzena de março, quando deve acontecer “uma grande festa”, em Cuiabá. Além de Mendes e do deputado federal Fábio Garcia, estão confirmados os deputados estaduais Eduardo Botelho (PSB), presidente da Assembleia Legislativa, e Professor Adriano Silva.
Os deputados federal Adilton Sachetti e estadual Max Russi que recuaram da possibilidade de filiação ao DEM. Sachetti está próximo do PP, possivelmente para concorrer ao Senado; enquanto Russi deve se filiar ao PRB, legenda controlada pela Igreja Universal do Reino de Deus e que, atualmente, possui o prefeito Marcelo Crivella, do Rio de Janeiro, como principal estrela, em nível nacional.
