Numa estratégia ousada, o presidente regional do PSDB, ex-vereador Paulo Borges Júnior, e o depuado federal Nilson Leitão, pré-candidato ao Senado, vão prestigiar a posse da nova Executiva do DEM, na noite da próxima sexta-feira, a partir das 19 horas, no Centro do Eventos do Pantanal, na região Oeste de Cuiabá. Por consequência, além da posse do deputado federal Fábio Garcia como novo presidente, também vão participar das festividades de fialiação do ex-prefeito Mauro Mendes e dos deputados estaduais Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa, e Professor Adriano Silva – todos excluídos.
 
Há quem assegure que o governador José Pedro Taques (SDB) não gostou muito da idéia, mas não vetou. Na versão oficial, Leitão e Borges Júnior estão atendendo ao convite de um aliado que dará posse à sua nova Executiva Estadual: Fábio Garcia assume o comando, em substituição ao ex-deptuado Dilmar Dal Bosco, que foi presidente até o último dia 8, quando o nova Executiva Nacional dissolveu todos os diretórios regionais para a acomodação de novos filiados de peso em quase 20 estados, inclusive Mato Grosso.
 
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Algumas das princpais figuras do Democratas vão estar presentes, como o presidenciável Rodrigo Maia (RJ), presidente da Câmara Federal; o presidente da Executiva Nacional, prefeito ACM Neto, de Salvador (BA); além dos irmãos Júlio José e Jayme Veríssimo de Campos, eternos manda-chuvas do DEM, em Mato Grosso.
 
Mesmo que lance Mauro Mendes como pré-candidato para o governo, o DEM continuará sendo alvo do PSDB. “O DEM pode lançar pré-candidatura. Os outros podem lançar candidatura.  Nós não seremos inimigos do DEM por causa disso. Nós vamos disputar eleição com o DEM ou com outro. Mas não seremos inimigos”, observou Leitão, para a reportagem do Olhar Direto.
 
“É legítimo qualquer tipo de candidatura ao governo de Mato Grosso ou Senado da República. De qualquer partido. O PSDB não é nem deseja ser proprietário de qualquer outra sigla. No partido alheio nós não podemos mandar”, ponderou o deputado federal tucano, contrariando a tese do goverandor José Pedro Taques (PSDB).
 
“As críticas do ex-senador Júlio Campos têm que serem entendidas como críticas construtivas. Creio que nem devemos ficar rebatendo críticas do ex-goverandor Júlio Campos. Nós temos que respeitar as críticas dele e ter a grandeza de compreender as críticas dele e de qualquer um. Nós somos governo. E quem é governo sempre vai ser criticado”, argumentou Leitão, deixando clara sua desaprovação daqueles que atacam Júlio, irmão mais velho do ex-senador Jayme Campos (DEM).
 
Pedro Taques adotou um tom ameno e sugeriu que Júlio Campos tirasse “o ódio do coração” e lesse o Salmo 91.
 
Leitão advertiu que não se pode perder de vista a possibilidade de segundo turno, pela primeira vez na história de Mato Grosso. “Nós temos um calendário eleitoral a nosso favor. A obrigação do PSDB é convencer e conquistar todos esses partidos [aliados de 2014]. Nós temos que fazer esse papel. Vamos continuar trabalhando até agosto, antes das convenções, tentando trazer para o nosso lado. Se não conseguir trazer, ainda temos um cenário que pode ocorrer um segundo turno. Não há razão para brigar”, ensinou Nilson Leitão.
 
Paulo Borges adota discurso idêntico ao de Leitão. “Eu acredito que vamos exaurir a discusão com o DEM até lá [agosto]. Cada partido se fortalece inernamente. E lá na frente a gente consegue formar um arco de alinaças com candidatos firmes e com propostas firmes, para que o projeto possa sair vitorioso”, citou o presidente do PSDB.
 
E é por isso que o diálogo com o DEM tem sequência, independente da filiação do grupo de Mauro Mendes e Eduardo Botelho. “Vamos continuar a nossa conversa com o DEM. Isso é importantíssimo, atualmente. É essencial não fecharmos as portas para ninguém, neste momento. O futuro a Deus pertence”, justifocu Borges Júnior, para a reportagem do Olhar Direto.