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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Alunos da UFMT 'trancam' guaritas em protesto contra política do Restaurante Universitário

Foto: Ivan de Jesus/ CAFM

Alunos da UFMT 'trancam' guaritas em protesto contra política do Restaurante Universitário
Alunos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realizaram manifestações nesta sexta-feira (20), contra as mudanças na política de alimentação do Restaurante Universitário. Os manifestantes usaram faixas, cartazes, empilharam pneus na portaria,  e atearam fogo em folhas seca, para que ninguém pudesse acessar o campi Araguaia, em Barra do Garças ( a 503 quilômetros de Cuiabá).

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Segundo o grupo, eles receberam uma informação de que a reitoria da UFMT não estaria cumprindo com um acordo feito em uma reunião que aconteceu no dia 29 de março, onde estavam presentes os representantes do DCE de todos os campis. O acordo foi que os DCE's teriam até o dia 20 para enviar uma contra proposta para a reitoria e no dia 24 haveria uma nova reunião, dessa vez contando com presença da Reitora, para discutir sobre o documento elaborado pela representação estudantil, e pensar conjuntamente na política de alimentação.
 
Ao contrário do que foi firmado, durante a reunião, a reitora Myrian Serra, teria notificado que que hoje, seria decidido e assinado os papéis para implementar a nova política de alimentação. Com isso, os alunos não poderão mais almoçar pagando R$1. 

As unidades do Restaurante Universitário da UFMT, nos cinco Câmpus, funcionam, com os valores de R$ 0,25 para café da manhã e R$ 1,00 para almoço e jantar, porque os valores são subsidiados pela instituição em mais de 90% para estudantes.

Entre as medidas adotadas na manifestação, estão o fechamento das portas da universidade partir das 6h.  O portão deve ser reaberto entre 15h e 16h. Dessa forma professor, servidor, técnico, aluno e outros não poderão ter acesso. As exceções são para alunos que precisam cuidar de seus experimentos em laboratórios (os mesmos serão acompanhados ida e volta até a guarita) e pessoal terceirizado (limpeza e manutenção).
 
Audiências públicas 
 
A administração da UFMT irá realizar de 23 a 26 de abril, em todos os Câmpus, audiências públicas para tratar da nova política de Alimentação Estudantil que será implantada na instituição. Na segunda-feira (23), das 14h às 16h, será realizada audiência nos Câmpus de Cuiabá e Várzea Grande; na terça (24), das 9h às 11h, no Câmpus do Araguaia; na quarta (25), das 8h30 às 11h30, no Câmpus de Rondonópolis e na quinta-feira (26) , das 15h às 17h, no Câmpus de Sinop. A nova política de Alimentação Estudantil será implantada a partir de maio.
 
Cortes de recursos

Os recursos das universidades públicas destinados a despesas de custeio vêm caindo seguidamente nos últimos anos. O Orçamento de 2017 para custeio, por exemplo, caiu 4,5% em relação ao exercício anterior. Esses contingenciamentos do Governo Federal, principalmente de custeio e de investimentos, têm impactado significativamente na situação financeira das Instituições de Ensino Superior Federais (IFES). Essa situação tem levado a Administração Superior da UFMT a alertar a sociedade mato-grossense sobre as consequências desses cortes orçamentários, que podem vir a comprometer, no futuro, a missão da instituição de produzir ensino, pesquisa e extensão com qualidade.

Há uma mobilização das instituições federais de educação superior na tentativa de recuperar o fôlego financeiro para que possam cumprir com seu papel social. Ao mesmo tempo, as instituições têm feito gestão administrativa para ajustar os seus gastos de forma a minimizar os impactos desta realidade orçamentária. 

Estudos da Pró-reitoria de Planejamento da UFMT apontam uma redução de 20,13% no orçamento nominal de custeio em 2017 com relação a 2014. Nas despesas de custeio estão inclusos os gastos que a universidade tem com manutenção, contratos, prestação de serviços, aquisição de material de consumo, diárias, passagens, bolsas e benefícios aos estudantes. No mesmo período, a participação do gasto com Alimentação Estudantil na verba de custeio, que em 2014 representava 6,7%, em 2017 passou para 15,12%.
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