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Sem combustível, transporte coletivo pode parar na segunda-feira; frota é reduzida para 50%

24 Mai 2018 - 15:52

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Vinícius Mendes

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Sem combustível, transporte coletivo pode parar na segunda-feira; frota é reduzida para 50%
A população de Cuiabá pode ficar sem ter os ônibus do transporte coletivo na próxima segunda-feira (24), caso a greve dos caminhoneiros, que entrou no seu quarto dia, não tenha fim. A informação foi divulgada na tarde desta quinta-feira (24), pela Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob). Para tentar amenizar os problemas, a frota será reduzida para 50% a partir das 16 horas de hoje.


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Durante a coletiva de imprensa, foi explicado que se as duas cargas de combustível que já estão pagas não chegarem até a próxima sexta-feira (25), segunda-feira (28) não haverá ônibus do transporte coletivo na rua. No total, os empresários esperam 80 mil litros.

Porém, a crise é bastante complicada. Isso porque, se esta carga de 80 mil litros chegar, só duraria até a próxima terça-feira (29), isso se as empresas continuarem com apenas 50% da frota funcionando. A esperança é que a greve termine neste final de semana.

“O prefeito pediu para que tomássemos uma alternativa urgente para manter a frota 100% trabalhando. Porém, para que continuássemos a ter carros na rua, precisamos reduzir para 50%. A medida é paliativa, até domingo. Caso contrário, pararíamos no próximo sábado (27). O município está atrás das bases de combustíveis, movimento dos caminhoneiros, para que eles possam liberar pelo menos para o transporte público. É um problema nacional, infelizmente teremos que entrar neste racionamento”, explicou o secretário de Mobilidade Urbana (Semob), Antenor Figueiredo.

O secretário ainda acrescentou que "infelizmente, não conseguimos pegar os caminhões parados no movimento e levar para a empresa. Poderíamos usar a força policial e trazer os veículos. Mas as distribuidoras estão paradas, justamente porque não estão chegando os produtos. Para terem ideia, as empresas gastam em torno de 37 mil litros por dia. Em nenhum lugar de Cuiabá tem esta quantia para suprir a demanda".

"Onde havia dez ônibus em uma linha, agora terá menos. Porém, nenhum bairro ficará sem ônibus. Este foi um pedido direto do prefeito Emanuel Pinheiro. Pedimos paciência e que as pessoas saiam mais cedo de casa", finalizou Antenor.
 
Nesta manhã, diversos estabelecimentos da capital mato-grossenses registraram filas para o abastecimento. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), em algumas unidades o estoque pode acabar ainda hoje.

Bloqueio
 
Os caminhoneiros estão passando dia e noite nos pontos de bloqueio. A comida e água que recebem, são de doações. Além disto, acrescentaram que só pretendem desmobilizar o movimento quando o problema for resolvido.
 
Na manhã desta quarta-feira, o presidente Michel Temer se reuniu com ministros para discutir a greve dos caminhoneiros, que acontece em todo o país. A conversa ocorre no dia seguinte ao anúncio da Petrobras de redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por 15 dias. Com esta decisão, o governo espera conseguir negociar com o movimento dos caminhoneiros, que se queixam do preço final do diesel.
 
Em razão da greve dos caminhoneiros que paralisaram o transporte e o consequente bloqueio nas bases de distribuição, o abastecimento nos postos está comprometido. Com a falta de produto em alguns estabelecimentos, os usuários passam a procurar outros. Além disto, o medo de que acabe o combustível também aumenta a demanda, o que pode esgotar todas as reservas dos postos.
 
Em Sorriso, por exemplo, há um posto com fila de veículos e o abastecimento só vai durar por mais uma hora. Em muitos estabelecimentos no interior há apenas óleo diesel nos tanques. Há confirmações de postos sem produtos em Tapurah, Primavera do Leste, Nova Xavantina, Diamantino e Juína.
 
A mobilização foi proposta pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e iniciou na manhã desta segunda-feira (21). Em razão dos pesados impostos e do baixo valor dos fretes, a categoria afirma que enfrenta uma grave crise e articula ações em todo o país para evidenciar o descontentamento com a atual política econômica. A PRF mantêm o diálogo com os caminhoneiros.
 
Atualizada às 16h01 e às 16h31. 
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