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Exército dispara bombas de gás e balas de borracha contra caminhoneiros em Cuiabá; veja imagens

29 Mai 2018 - 17:31

Da Redação - Fabiana Mendes / Da reportagem local - Vinicius Mendes

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Exército dispara bombas de gás e balas de borracha contra caminhoneiros em Cuiabá; veja imagens
Pela primeira vez desde o início da greve dos caminhoneiros, o Exército Brasileiro precisou usar a força para desobstruir a entrada de Cuiabá, na BR-364. Balas de borracha e bombas de efeito moral foram usadas para dispersar manifestantes que estavam trancando a passagem de veículos.


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Imagens exclusivas registradas por Rogério Florentino Pereira, repórter fotográfico do Olhar Direto, mostram o momento em que o confronto aconteceu, no final da tarde desta terça-feira (29), 9º dia de manifestação. Instantes antes da intervenção das forças armadas, caminhoneiros que tentavam deixar os pontos de protestos vinham sendo hostilizados e até mesmo apedrejados por outros manifestantes infiltrados, que não aceitam o acordo do Governo Federal e agora pedem um leque maior de pautas.



De acordo com a chefe de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Iara Alves, “os ânimos estão aflorados”. Homens do Exército Brasileiro usaram bombas de efeito moral para dispersar os mais exaltados. 

Em Mato Grosso, ao menos 30 pontos seguem bloqueados pelo caminhoneiro.  A reportagem do Olhar Direto está na BR- 364, no Distrito Industrial, onde constatou que todos os tipos de caminhões estão sendo barrados, exceto carga vivas e medicamentos.

“A situação aqui hoje é que está acontecendo um bloqueio de todas as cargas de combustível e de alimentos. Não passa nada, a não ser medicamentos, cargas vivas, isso para normalmente”, explicou um o caminhoneiro identificado como Diego.

Segundo a chefe de operações da PRF, diversas carretas saíram de Rondonópolis ( a 216 quilômetros de Cuiabá), no entanto ainda é incerto se elas devem chegar à capital. "Os caminhoneiros que querem sair desistem, tem 51 carretas vindo de Rondonópolis, mas quantas vão chegar aqui eu não sei, os manifestastes tacam pedras neles, e ela ficam com medo da depredação e param. Em Cuiabá ainda não teve conflito, quando vêm o pessoal 'vindo pra cima' abordam a ação”, afirmou.  






Entenda

O governo federal anunciou, na noite da última quinta-feira (24), uma proposta para suspender a greve dos caminhoneiros por 15 dias. Porém, nesta sexta-feira (25) os manifestantes continuam a bloquear pelo menos 26 trechos de rodovias federais que cortam Mato Grosso. Em outros Estados, a situação é a mesma. Vale lembrar que diversos serviços foram suspensos ou reduzidos por conta da falta de combustível. O protesto já dura cinco dias e tem reflexos em diversos setores.
 
Os caminhoneiros estão passando dia e noite nos pontos de bloqueio. A comida e água que recebem, são de doações. Além disto, acrescentaram que só pretendem desmobilizar o movimento quando o problema for resolvido.
 
Na manhã desta quarta-feira, o presidente Michel Temer se reuniu com ministros para discutir a greve dos caminhoneiros, que acontece em todo o país. A conversa ocorre no dia seguinte ao anúncio da Petrobras de redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por 15 dias. Com esta decisão, o governo espera conseguir negociar com o movimento dos caminhoneiros, que se queixam do preço final do diesel.
 
Em razão da greve dos caminhoneiros que paralisaram o transporte e o consequente bloqueio nas bases de distribuição, o abastecimento nos postos está comprometido. Com a falta de produto em alguns estabelecimentos, os usuários passam a procurar outros. Além disto, o medo de que acabe o combustível também aumenta a demanda, o que pode esgotar todas as reservas dos postos.
  
A mobilização foi proposta pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e iniciou na manhã desta segunda-feira (21). Em razão dos pesados impostos e do baixo valor dos fretes, a categoria afirma que enfrenta uma grave crise e articula ações em todo o país para evidenciar o descontentamento com a atual política econômica. A PRF mantêm o diálogo com os caminhoneiros.

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