O governador Pedro Taques (PSDB) anunciou, nesta terça-feira (26), que o Estado irá desembolsar mais R$ 82 milhões para equipar o novo Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC). Até o momento, 80% da obra já foi concluída. O chefe do Executivo ainda aproveitou a ocasião para lembrar que “há 30 anos não se constrói um hospital público no Vale do Rio Cuiabá”.

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“Cuiabá completa 300 anos no ano que vem. Temos que começar os preparativos logo. Desde o ano passado editei um decreto para que pudéssemos discutir a Cuiabá que queremos para os 300 anos. O Estado já está fazendo uma série de ações, quem coordena isto é uma comissão, a ideia é que possamos ouvir a todos para projetar a cidade que queremos”, disse o governador no início de seu discurso.
 
Taques ainda lembrou que um dos principais problemas de Cuiabá é a saúde pública. "Desde o primeiro ano do nosso mandato iniciamos a construção de um novo hospital e pronto-socorro aqui. Há 30 anos não se constrói um hospital público no Vale do Rio Cuiabá. Quantos habitantes tínhamos no Estado naquela época? Junto com o município, estamos construindo esta nova unidade. Estamos com 80% das obras prontas”.
 
“Emanuel [Pinheiro] e eu temos conversado sobre equipamentos, móveis. O Estado irá gastar mais R$ 82 milhões para equipar aquele hospital. Além de atender pacientes do Vale do Rio Cuiabá, também atenderá de 40% a 45% de pacientes vindo do interior. Portanto, esta é uma obra para os 300 anos da nossa eterna capital mato-grossense”, finalizou o governador.
 
Entrega adiada
 
O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) remarcou a entrega do novo Hospital e Pronto-Socorro de Cuiabá para abril de 2019, um ano depois do que estava previsto inicialmente. Conforme Emanuel, problemas nos sistemas de ar-condicionado, de elevadores e complexidades no sistema licitatório da compra de equipamentos adiaram a entrega da obra.
 
“Dificuldades, complexidades. O processo licitatório para você ter uma ideia, só de instrumentais são cerca de 10 mil itens, alguns com entrega a longo prazo. Sem contar o sistema de elevador que demorou quase seis meses, o sistema de ar condicionado, de gerador. O orçamento inicial que estava previsto em R$ 70 milhões terminou em R$ 92 milhões”, justificou o prefeito, durante coletiva de imprensa no Palácio Alencastro, nesta segunda-feira (25).
 
No ano passado, após muita polemica, o Governo, a Prefeitura de Cuiabá e a bancada federal de Mato Grosso no Congresso firmaram um acordo para usar os recursos de emendas parlamentares da União para o custeio da Saúde do Estado. Em contrapartida, o Executivo ficou responsável por repassar os R$ 82 milhões necessários para equipar o novo Pronto-Socorro.
 
Este ano, mais um entrave: de um lado Emanuel Pinheiro questionava a demora do Governo em repassar os recursos e, do outro, o Executivo afirmava que a verba não havia sido repassada porque o prefeito não tinha licitado a compra dos equipamentos.