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Sábado, 20 de abril de 2024

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Piloto nega que tenha atirado em assassino durante voo e diz que simulou pane para fazer pouso forçado

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto/Reprodução

Piloto nega que tenha atirado em assassino durante voo e diz que simulou pane para fazer pouso forçado
O piloto Sérgio Becker, que decolou com mais duas pessoas de Guarantã do Norte (736 quilômetros de Cuiabá) e fez um pouso forçado em um rio, localizado na zona rural de Itaituba (PA), negou que tenha atirado em um dos passageiros, que matou o companheiro de viagem com um tiro na cabeça por conta de um desacordo em pleno voo. Além disto, o homem contou que simulou uma pane e deu detalhes sobre o homicídio.


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A assessoria de imprensa da Polícia Judiciária Civil (PJC) do Pará informou ao Olhar Direto que o piloto é freelancer e foi contratado por um dos passageiros, identificado apenas como ‘Turco’, para fazer a viagem. Os três saíram de Guarantã do Norte por volta das 12h40 e meia hora depois houve uma discussão entre o homem e seu companheiro de viagem, chamado apenas de ‘Polaco’.
 
Após um breve silêncio, o piloto afirmou – durante depoimento na última sexta-feira (28) – que ouviu dois estampidos. Ao olhar para trás, viu Turco morto com um tiro na cabeça e sentado na poltrona. Além disto, afirmou ter visualizado um revólver na mão de Polaco.
 
Depois do homicídio consumado, Polaco então teria arrastado o corpo de Turco até a parte de trás do avião. Neste momento, ele abriu a porta da aeronave em pleno voo e jogou a vítima. O fato gerou uma grande turbulência no avião, devido a entrada de ar. Foi então que Sergio decidiu simular uma pane em um dos motores e disse que precisaria realizar um pouso forçado.
 
Do alto, o piloto conseguiu visualizar a BR-163 e uma comunidade de garimpo conhecida da região. Sergio então avistou um rio, onde decidiu que seria mais seguro pousar. Ele então teria saído por uma porta, enquanto que Polaco foi pela outra. Ainda no depoimento, o piloto relatou que viu o homem ser arrastado pela correnteza e tentando nadar até a margem. Porém, não soube precisar se ele obteve êxito.
 
Após o fato, o piloto retornou para dentro do avião, onde pegou alguns objetos e uma caixa térmica contendo água e gelo. Na sequência, subiu na parte de cima da aeronave e foi resgatado 40 minutos depois, por um grupo de pescadores que estava em um barco. Eles o levaram até a comunidade de garimpo, onde Sergio passou a noite.
 
Já sabendo da história, repassada pelos pescadores, a Polícia Militar encontrou o piloto em uma estrada que leva a outro distrito. Ele alegou ter dormido em um hotel e que estava indo relatar o fato para as autoridades. Após ser ouvido pelo delegado, Sergio foi liberado. Por enquanto, ele está sendo tratado como testemunha, mas não está descartada a versão de que ele tenha matado o assassino de Turco.
 
Isso porque, segundo o boletim de ocorrências (BO) da Polícia Militar, o piloto teria dito que matou Polaco, logo depois que ele teria atirado na cabeça de Turco. No depoimento, Sergio afirmou que os PMs entenderam errado a história e que teria dito que mataria o criminoso, caso fosse preciso para sobreviver.
 
O caso
 
Dois homens morreram na tarde de sexta-feira (27), em um avião que decolou de Guarantã do Norte (a 736 quilômetros de Cuiabá) com destino no Apuí, no Amazonas, para buscar drogas. Segundo a versão da PM, o piloto presenciou um assassinato em pleno voo, fez um pouso forçado e na sequência matou o homem que havia cometido o primeiro homicídio.
 
Havia sangue na aeronave e possíveis pedaços de massa encefálica. Os corpos ainda não foram encontrados.
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