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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Caso prescreveu

'Dr. Bumbum' e mãe foram suspeitos de matar namorado dela em 1997 para ficar com dinheiro

Foto: Leo Correa/AP

'Dr. Bumbum' e mãe foram suspeitos de matar namorado dela em 1997 para ficar com dinheiro
O médico Denis Cesar Barros Furtado, 45 anos, conhecido como 'Dr. Bumbum' e sua mãe, Maria de Fátima Furtado, foram investigados – em 1997 – pela morte do então companheiro dela, José Roberto Camillo Monteiro. Apesar dos indícios, a investigação não foi à frente e o caso foi arquivado. Os dois estão presos por conta da morte da gerente bancária de Cuiabá, Lilian Calixto, que foi a óbito horas depois de realizar um procedimento estético.


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De acordo com o inquérito, divulgado pelo G1, um detetive pediu o indiciamento da dupla pela morte do então companheiro de Maria de Fátima. Apesar dos indícios, a investigação não foi à frente. No Tribunal de Justiça do Estado do Rio, o processo consta como arquivado em 4 de agosto de 2017, mais de 20 anos após o assassinato – prazo em que o crime prescreve.
 
O assassinato foi em 12 de março daquele ano, em uma casa no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. José Roberto foi achado com um tiro na cabeça, deitado na cama do quarto que dividia com Maria de Fátima.
 
Na época, Denis Furtado tinha 24 anos. No documento, o detetive policial João Carlos Faria da Costa constata contradições nos depoimentos de Denis e Maria de Fátima, e pede o indiciamento dos dois pelo homicídio. A defesa dos dois não foi encontrada para comentar o caso.
 
“Diante das declarações colhidas, muitas são as contradições existentes, principalmente no que diz respeito as declarações de Maria de Fatima Barros Furtado e de seu filho, Denis Cesar Barros Furtado”, diz trecho do documento.
 
No dia do crime, Maria de Fátima contou em depoimento que estava deitada de bruços, quando ouviu um barulho forte que parecia ser tiro. Ao tentar se virar, foi impedida por uma pessoa que usou um travesseiro para sufocá-la. No entanto, a perícia informou que o travesseiro ao lado da vítima não aparentava ter sido utilizado, já que estava sem nenhum desalinho.
 
Maria de Fatima também disse ter tentado levantar o marido da cama, mas não conseguiu por conta do peso. A perícia disse que o corpo não foi removido de sua posição de repouso em nenhum momento.



Denis disse que ao chegar em casa, o portão estava aberto e os cães não estavam na casa. O motorista da família desmentiu essa versão e disse que o portão estava fechado, sem cadeado, e os cachorros estavam soltos. Denis também disse que passara o dia anterior à morte com a mesma roupa, que ele tinha usado para trabalhar. O motorista contou que viu o médico vestir um pijama em casa.
 
No texto do laudo, o perito diz que: “Tendo em vista as contradições encontradas nos depoimentos entre Maria de Fatima, Denis e as outras testemunhas, tudo nos leva a crer que, Maria de Fatima, contando com a participação de seu filho, Denis, praticaram o homicídio de José Roberto Camilo Monteiro, aproveitando o fato de a vítima estar envolvida em práticas ilícitas do tipo penal estelionato, com finalidade de obter uma vantagem financeira em decorrência dos golpes praticados pela vítima”.

Denis Furtado e sua mãe, Maria de Fátima Furtado, foram presos na tarde desta quinta-feira (19), em um centro empresarial na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele foi detido por policiais do 31º BPM (Barra da Tijuca) após receberem informações do Disque Denúncia.
 
Os dois estavam com mandado de prisão temporária expedido por 30 dias pelo homicídio da bancária Lílian Calixto, que morreu após procedimento estético realizado no apartamento de Denis.
 
A delegada Adriana Belém, responsável pelo caso, afirmou que havia um acordo com a defesa do acusado para que ele se entregasse na tarde desta quinta-feira (19). Porém, a Polícia Militar recebeu uma informação de que o médico estaria em um centro empresarial, onde fica localizado o escritório do advogado e efetuou a prisão.
 
As informações chegaram através do Disque denuncia, que oferecia R$ 1 mil por informações que levassem a Denis e sua mãe. Em coletiva de imprensa, realizada na tarde da última quinta-feira (19), a defesa do médico disse ele sofre de síndrome do pânico e que iria tratar com a polícia a data e o horário que ele se entregaria.
 
O caso
 
Segundo fontes ouvidas pelo Olhar Direto, Lilian teria ido para o Rio de Janeiro fazer um preenchimento de glúteo com PMMA, no sábado (14), pela manhã. Primeiramente, a cirurgia estaria marcada para acontecer em Brasília, mas foi transferida em cima da hora para o Rio. Ela trocou a passagem e foi.
 
No sábado, após o procedimento, Lilian chegou a sair do local onde foi atendida para ir jantar. Logo depois, começou a passar mal e foi hospitalizada e sofreu um mal súbito. A hora da morte foi registrada às 2h da madrugada. No entanto, o Hospital teria ligado para o telefone do responsável – uma amiga, a única que sabia que ela faria o procedimento – só doze horas depois, às 14h deste domingo (15).
 
Lilian foi gerente do antigo HSBC e estava, agora, à frente das contas do banco Bradesco. Natural de Barra do Bugres, ela era muito conhecida na capital. Ela deixa dois filhos. Um rapaz de 25 anos, e uma menina de 13, além do marido
 
O Conselho Regional de Medicina (Cremerj) abriu procedimento para apurar o caso. Famoso nas redes sociais, o médico possui mais de 600 mil seguidores e ofertava procedimentos de estética no Rio, em São Paulo e em Brasília. Nas redes sociais, ele é conhecido como 'Doutor Bumbum', em alusão aos procedimentos que realizava. 
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