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Sábado, 20 de abril de 2024

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Traficantes e comerciantes pagavam ‘mensalidade’ para facção criminosa

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Traficantes e comerciantes pagavam ‘mensalidade’ para facção criminosa
A Operação Insurgente, deflagrada na última sexta-feira (27) em Cuiabá e outras seis cidades de Mato Grosso, prendeu diversos membros de uma facção criminosa que vinha sendo investigada há dez meses no estado. De acordo com informações obtidas pelo Olhar Direto, a organização cobrava ‘mensalidades’ de membros, traficantes e comerciantes (que pagavam para não ser alvo de assaltos).


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“O grupo agia buscando liderar o comércio ilícito (de entorpecentes) - cobrando uma espécie de aluguel de cada boca de fumo, e coagindo os pequenos traficantes para que comprassem a droga de pessoas indicadas por eles. Embora não seja o caso de Primavera do Leste, em algumas cidades, a organização criminosa chegava a intimidar também o comércio lícito exigindo que comerciantes ‘pagassem’ para não ser assaltados, por exemplo”, explica a delegada Anamaria Machado Costa, titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Primavera do Leste.

A investigação começou em setembro de 2017, e tinha como alvo combater as organizações que atuam principalmente na região sul do estado. O foco eram os principais líderes da região e conselheiros (pessoas que estão dentro e fora dos presídios).

Foi descoberto que a organização já estava tomando ‘moldes’ de poderes milicianos. Ela obrigava que o tráfico fosse realizado só por membros ou quem pagasse mensalidades. As pessoas eram proibidas de vender sem pagar.

A mensalidade para vender a droga se chamava ‘caixinha’. Além disso, o valor que os comerciantes pagavam para não ser assaltados, ‘lojinha’, e a obrigação mensal dos membros, ‘camisa’.

Dois membros presos na última sexta-feira (27) estavam em Rondonópolis. Ao todo, foram cumpridos 87 mandados judiciais (31 de buscas e 56 de prisões). Dentre estas prisões, uma foi a de um homem conhecido como ‘Pai de Santo’, em Cuiabá, e outra a de sua esposa, identificada apenas como ‘Tiana’, que estava em Rondonópolis.
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