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Prioridade para eleição

Max Russi afirma que ‘CPI dos Grampos’ pode esperar e momento é de discutir propostas

01 Ago 2018 - 11:05

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Carlos Gustavo Dorileo

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Max Russi afirma que ‘CPI dos Grampos’ pode esperar e momento é de discutir propostas
O ex-secretário da Casa Civil e deputado estadual Max Russi (PSB) afirmou, na manhã desta quarta-feira (1), que este não é o momento para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos grampos. Isto porque, para ele, o momento é de discutir propostas e se concentrar no período eleitoral. “Não está dando nem quórum. Querem fazer outra para acabar não virando em nada?”.


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“Vai acontecer o que aconteceu com outras CPIs, não está alcançando quórum. Já diminuíram as sessões na Assembleia Legislativa. Acho que não é o melhor caminho, ainda mais no período pré-eleitoral. Quero ver o comparecimento destes deputados em todas as sessões, o que não vem acontecendo”, comentou o deputado.
 
Max Russi acrescenta que, a dois meses da eleição, a ‘CPI dos Grampos’ não teria a devida atenção. “Querem fazer outra para acabar não virando em nada? É um momento de discussão com a população de Mato Grosso, que precisa de emprego, melhorar sua renda. Precisamos focar nos serviços necessários”.
 
O deputado garantiu que, se as oito assinaturas forem alcançadas [para abertura da CPI], ela irá acontecer e cobrará para que avance. Porém, explicou que o caso está sendo investigado na Justiça e que os responsáveis serão responsabilizados criminalmente por isto.
 
Por fim, Russi avaliou que o depoimento do cabo Gerson Corrêa e a criação da CPI não devem atrapalhar Pedro Taques (PSDB). “Não acredito que prejudica. O debate foi feito, isso não é de agora. Não vejo como a CPI pode prejudicar o governador. Se avançar agora, será uma questão política, para que os adversários tentem fazer isto. Acredito que todos estão focados em levar propostas para a população”.
 
CPI
 
A deputada estadual Janaina Riva (MDB) tentará novamente abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso dos grampos ilegais ocorridos em Mato Grosso. Além disto, também está sendo avaliado um novo pedido de impeachment contra o governador Pedro Taques (PSDB), apontado pelo cabo Gerson Corrêa – que confessou a participação no fato – como o responsável pelas escutas, junto a seu primo, o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques.
 
Bomba na madrugada
 
A madrugada do dia 28 de julho teve início com uma bomba, principalmente nos bastidores da política. Isso porque o cabo Gerson resolveu confirmar a participação no esquema e confirmar a existência dos grampos ilegais em Mato Grosso. "Vim aqui hoje pra trazer a verdade real", afirmou Gerson, último ouvido desta madrugada.
 
O cabo citou o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques. Seria ele a pessoa responsável por bancar as interceptações que seriam feitas. Zaqueu teria ligado para Gerson informando que este se encontraria com alguém que dispostos a investir nas interceptações. Gerson foi com o coronel Evandro Lesco a um restaurante na estrada de Chapada, onde se encontrava Paulo Taques, primo do governador Pedro Taques (PSDB). Paulo teria mostrado disposição em arcar com as custas dos grampos que deveriam ser feitos. O grupo embolsou R$ 50 mil para comprar os primeiros equipamentos para as escutas.
 
O cabo Gerson acrescentou que o interesse da barriga de aluguel seria do governador Pedro Taques e do ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques: "O interesse das barrigas de aluguel é do Paulo Taques e do governador".
 
Gerson Corrêa Júnior atuava no Gaeco e possuia o ‘know how’ na operação do Sistema Guardião de Interceptação Telefônica. Foi levado em 2015 para o Núcleo da Inteligência da Polícia Militar, na Casa Militar, época dos grampos. Continuou na Casa Militar até maio de 2017, quando teve prisão preventiva decretada por ter operado o esquema de interceptações telefônicas ilegais.
 
Os acusados desta ação penal militar são: Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco, Ronelson Barros, Januário Batista e Gerson Correa Junior. Os cinco respondem pelos crimes de Ação Militar Ilícita, Falsificação de Documento, Falsidade Ideológica e Prevaricação, todos previstos na Legislação Militar.
 
Outro lado
 
O Governo do Estado informa que o governador Pedro Taques determinou a apuração de todos os fatos relacionados às supostas escutas telefônicas clandestinas assim que a denúncia chegou ao conhecimento dele, em 2015, garantindo independência das Polícias Civil e Militar nas investigações.
 
O Governo do Estado ressalta ainda que o governador Pedro Taques solicitou ao Superior Tribunal de Justiça que ele próprio fosse investigado neste caso para comprovar, perante a Justiça, que não teve qualquer envolvimento nos fatos narrados por terceiros.

 Já a assessoria de imprensa do ex-secretário Paulo Taques afirma que a defesa nega as acusações e que se pronunciará nos autos do processo.
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