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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Criador do bloco ‘Independente’, Oscar diz que ex-membros da base que apoiarem CPI são covardes

Foto: Rogerio Florentino/Olhar Direto

Criador do bloco ‘Independente’, Oscar diz que ex-membros da base que apoiarem CPI são covardes
O deputado estadual Oscar Bezerra (PV), criador e líder do bloco ‘Independente’ na Assembleia Legislativa, chamou de “covardes” os deputados que não pertencem mais à base do governador Pedro Taques (PSDB) e que pretendem assinar o requerimento de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia para apurar o caso dos grampos. Oscar é um dos deputados que deixou a base, mas garantiu que será “leal” ao tucano.


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“É importante que se diga, por exemplo, que o meu partido já deliberou que não vai caminhar com o Pedro Taques, vai estar com o Mauro Mendes. A minha fala aqui é de lealdade. Eu acho que àqueles que estavam até ontem caminhando e defendendo a gestão aqui no Parlamento e que agora, em função da política, querem fazer CPI de investigação, são no mínimo covardes”, disse Oscar, durante a sessão matutina desta quarta-feira (01).

Vale destacar que a criação do bloco ‘Independente’ foi articulada por Bezerra em março deste ano, justamente para que pudessem assinar o requerimento de abertura de uma outra CPI, à época para investigar suposto desvio de finalidade dos recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) e do Fundo de Manutenção da Educação Básica e Valorização Profissional (Fundeb).

Desde então o Legislativo possui três blocos: o Integração, liderado pelo deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), o Independente, liderado por Oscar Bezerra e o Bloco Assembleia Livre, liderado pela deputada Janaína Riva (MDB).

Sem citar nomes, Oscar insinuou que alguns deputados podem assinar o requerimento simplesmente por conta do período eleitoral. “Nós não podemos usar o parlamento para fazer julgamento político. Julgamento político faz-se nas urnas, não no Parlamento. Se foi reprovada a gestão, a urna vai provar. Vocês da oposição, Zeca, estão fazendo o seu papel. Mas não é justo uns que estavam comendo no cocho até ontem simplesmente agora, por estar favoravelmente do outro lado, virar esse cocho”.

Formação dos Blocos

Integração: Adalto de Freitas (SD), Professor Adriano (PSB), Dilmar Dal Bosco (DEM), Gilmar Fabris (PSD), Wagner Ramos (PSD), Eduardo Botelho (PSB), Baiano Filho (PSDB), Dr. Leonardo (PSD), Ondanir Bortolini - Nininho - (PSD), Pedro Satélite (PSD), Saturnino Masson (PSDB), Sebastião Rezende (PSC), Jajah Neves (PSDB) e Wancley Carvalho (PV).

Independente: Guilherme Maluf (PSDB), Oscar Bezerra (PSB), Mauro Savi (PSB), Romoaldo Jr. (MDB), Silvano Amaral (MDB) e José Domingos Fraga (PSD).

Assembleia Livre: Allan Kardec (PT), Janaina Riva (MDB), Zeca Viana (PDT) e Valdir Barranco (PT).

A CPI

A deputada Janaina Riva (MDB) anunciou que pretende novamente emplacar a CPI para investigar o caso dos grampos. Ela, que foi um dos alvos das escutas, quer aproveitar as declarações do cabo da Polícia Militar, Gerson Correa, pra convencer os colegas de que o governador Pedro Taques possuía envolvimento no esquema.

A deputada afirma que já possui as oito assinaturas necessárias para abrir a Comissão. Além disto, também está sendo avaliado um novo pedido de impeachment contra o governador Pedro Taques.

Grampolândia

Em maio de 2017 o esquema dos grampos veio à tona com reportagem publicada pelo Fantástico. O esquema foi concebido na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.

As declarações do cabo Gerson foram dadas na madrugada do último sábado, durante interrogatório na 11ª Vara Criminal Militar. De acordo com o militar, o equipamento para a interceptação ilegal teria sido financiado por Paulo Taques, primo do governador, coordenador jurídico da campanha de 2014 e ex-chefe da Casa Civil. A defesa de Paulo Taques nega as acusações e sustenta que se pronunciará nos autos do processo.

"O dono disso aqui não sou eu, nem o coronel Zaqueu. Os donos disso aqui são Paulo Taques e o governador Pedro Taques. Longe da Polícia Militar", disparou o cabo durante depoimento.
 
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