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Wilson "atropela" oposição e instaura guerra de requerimentos sobre CPI da Grampolândia; entenda

07 Ago 2018 - 11:10

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Érika Oliveira

Foto: Rogério Florentino Pereira/ OD

Wilson
Uma confusão marcou a sessão matutina desta terça-feira (07), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). O deputado Wilson Santos (PSDB) apresentou um requerimento para a abertura da CPI dos Grampos, contrariando um acordo verbal que havia sido feito entre os parlamentares. Isso deixou a colega Janaína Riva (MDB) furiosa com a situação. A parlamentar acusou o tucano de apresentar o pedido sem ter as assinaturas necessárias e, logo em seguida, apresentou o seu documento, que na ocasião tinha apoio de onze deputados.


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Na semana passada, o deputado Zeca Viana (PDT) sugeriu que a CPI dos Grampos fosse instalda somente após as eleições, para nao dar viés político para os trabalhos. O deputado Wilson Santos e outros parlamentares da base governista afirmaram que se assim fosse feito, eles também iriam assinar o requerimento. Porém, a deputada Janaina Riva, autora do pedido de abertura da Comissão, não concordou com o acordo e afirmou que apresentaria o documento antes do pleito.
 
A reviravolta aconteceu na sessão matutina desta terça-feira (7), quando Wilson Santos se antecipou e apresentou um requerimento próprio para criação de CPI sobre o assunto. Indignada com a manobra do tucano, Janaína Riva ocupou a tribuna e também apresentou seu requerimento, com onze assinaturas.
 
“O deputado Wilson Santos é desrespeitoso, apresentou um requerimento dizendo na tribuna que tinha oito assinaturas, quando fui verificar, não tinha nenhuma. Esta foi uma manobra para tentar dizer que estava apresentando a CPI antecipadamente. Só que ela, sem um terço da assinatura dos parlamentares, não tem validade alguma”, afirmou a parlamentar.
 
Começou então uma discussão sobre a possibilidade de abrir uma nova CPI, visto que já existem três em andamento na Casa de Leis, limite máximo estabelecido pelo Regimento Interno. Wilson Santos voltou à tribuna e afirmou que mesmo que uma das CPIs abertas seja encerrada, o requerimento apresentado por ele na manhã de hoje deve ser apreciado primeiro, seguindo o critério de cronologia.
 
Janaína acusou o vice-líder do governo de fazer “malandragem”. De acordo com ela, Wilson, quando apresentou o requerimento, ainda não possuía assinaturas. Ele teria as coletado minutos depois, segundo ela. Wilson Santos negou a acusação afirmando que a cópia do documento é que não estava assinada, mas o “original”, sim. 
 
A CPI proposta por Wilson Santos chegou a somar 10 assinaturas, mas Valdir Barranco, Sebastião Rezende, Pedro Satélite e Adalton de Freitas retiraram seus nomes. 
 
Janaína Riva garantiu que se o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), não aceitar o requerimento, entrará com um mandado de segurança para que o seja.
 
O presidente da Casa de Leis, Eduardo Botelho, afirmou que o momento é muito confuso. Por conta disto, terá que ser feita uma análise mais tranquila para que se tome uma decisão: “Tinha deputados que tinham assinado os dois requerimentos. Não posso tomar partido. Não confirmo a afirmação da Janaína Riva [de que o documento de Wilson Santos estava sem assinaturas]. O assessor responsável que pode responder".
 
Acordo passado
 
Líder e vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa, os deputados Leonardo Albuquerque (SD) e Wilson Santos (PSDB), respectivamente, prometerem convocar a base para assinar o requerimento de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos grampos, caso os trabalhos da Comissão só se iniciem após as eleições. A sugestão havia partido do deputado Zeca Viana (PDT), durante sessão plenária na semana passada.
 
“Acho esse tema importante, que a Casa possa se debruçar sobre ele a partir do dia 1º de novembro. Conte com a nossa assinatura, conte com o nosso apoio. Nosso Governo não tem absolutamente nada a esconder. A base governista, sob a liderança do deputado Leonardo Albuquerque, está pronta para assinar o requerimento. Nós da base endossamos e assinamos embaixo a sugestão salomônica do deputado Zeca Viana”, declarou Wilson Santos na ocasião. “Conte conosco mesmo, até para fazer valer a verdade”, acrescentou Albuquerque.
 
Na ocasião, Janaina Riva afirmava já ter as oito assinaturas necessárias para abrir a Comissão, mas ela não estava na sessão no dia do acordo. Desde que se tornou pública a possibilidade de os trabalhos serem instalados, deputados da base vinham questionando se o intuito real da emedebista não seria utilizar o Plenário como palanque eleitoral.
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