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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Fazenda avaliada em R$ 7 milhões de facção criminosa é 'sequestrada' pela Justiça

Fazenda avaliada em R$ 7 milhões de facção criminosa é 'sequestrada' pela Justiça
Uma fazenda avaliada em R$ 7 milhões está entre os imóveis sequestrados a pedido da  Polícia Civil, na operação Red Money, que desarticulou o núcleo financeiro da principal facção criminosa que atua no Estado de Mato Grosso. O imóvel rural  localizado no município de Salto do Céu (371 km a Oeste), compreende lotes de terras de duas áreas com 312 e 169 hectáres.


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No total, estima-se que o grupo criminoso tenha 'movimentado' R$ 52 milhões no período de 15 meses em esquemas que envolviam três vertentes: cobrança de mensalidades de traficantes para abertura de novos pontos de distruibuição de entorpecentes, uma mensalidade para ser 'membro' do grupo e ainda extorsão de comerciantes. 

A ação foi realizada na semana passada e levou mais de 80 pessoas para cadeia. As ordens foram deferidas pelo juiz de direito Marcos Faleiros da Silva, da 7ª Vara Criminal - Vara Especializada do Crime Organizado.

Segundo a Polícia, na lista de apreensões estão ainda 58 veículos (caminhões, automóveis, caminhonetes e motocicletas) avaliados em R$ 1,8 milhão, joias, duas casas e um terreno, localizados em Cuiabá. Os valores bloqueados em contas correntes ainda não foram informados pelo Banco Central, mas já se estima uma alta quantia em dinheiro. 

"Uma linha de atuação firme, que trabalhamos não só a prisão, mas também no sentido de tirar o dinheiro da facção", afirmou o delegado geral da Polícia Civil, Fernando Vasco Spinelli Pigozzi.

A investigação foi focada em desestruturar base financeira da organização criminosa, retirando das mãos das lideranças capitais oriundos de atividades criminosas, principalmente, advindo do tráfico de drogas, roubos e furtos de veículos e estelionatos diversos

Os analistas da Polícia Civil identificaram, que além de crimes para captar recursos, o organização mantinha três fontes principais de recursos: 1. Mensalidade paga pelos faccionados, chamadas de “camisa”; 2. Cadastramento e mensalidades pagas por traficantes ou por cada ponto de venda de droga, conhecidas por “biqueiras”; e 3.  Cobrança de “taxa de segurança” de comércios (extorsão de comerciantes).

O sistema de arrecadação financeira da facção assume formato de pirâmide. No topo está o núcleo de liderança e na base dezenas de contas bancárias, com movimentação menor, que fazem a captação de dinheiro, e, gradativamente, o repasse às contas maiores.

Segundo a investigação, a facção arrecada por mês cerca de R$ 170 mil e mais de 1,2 milhão, por ano, com as mensalidades pagas pelos faccionados, fora outras fontes de sustentabilidade da facção criminosa.

No período de um ano e meio (01/06/2016 a 18/01/2018), entre entradas e saídas de 44 contas investigadas na operação, foram identificados movimentação de aproximadamente R$ 52 milhões.

De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Fernando Vasco, o levantamento do patrimônio e a vinculação dos envolvidos foram resultados de mais de 1 ano e 6 meses de investigações coordenadas pela Diretoria de Inteligência juntamente com a Gerência de Combate ao Crime Organizado, e importante trabalho do Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (Lab-DV), na análise técnica do financeiro da organização.

A ação 

A operação, realizada no dia 8 de agosto, contra membros do alto escalão da organização, presos na Penitenciária Central do Estado (PCE), e seus colaboradores, cumpriu 84 mandados de prisão e prendeu 17 pessoas em flagrante, totalizando 101 presos na ação policial que teve 94 mandados de prisão, 58 buscas e apreensão e 80 ordens de bloqueio de contas correntes, além de sequestro de veículos, joias, valores e imóveis urbanos e rurais. 
 
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