Um caminhoneiro de 40 anos, identificado como R.C.F., foi sequestrado e mantido sob a mira de uma arma de fogo por quase 10 horas nesta terça-feira (14), na região do Distrito Industrial, em Cuiabá. A vítima teria aceitado um trabalho por meio de um site, mas ao chegar ao local combinado foi rendida pelos bandidos. Ele foi visto pela polícia fugindo pela janela de um hotel, para onde foi levado depois, e um dos suspeitos, identificado como J.A.S., acabou preso.
 
Leia mais:
​Ex-vice-prefeita é sequestrada em frente ao Pronto Socorro e tem carro e dinheiro roubados

De acordo com informações do boletim de ocorrências, uma equipe da Polícia Militar fazia rondas pelo Bairro Jardim Industriário I, quando ao passar em frente a um hotel visualizaram um homem pulando a janela. Os militares fizeram a abordagem e o homem disse que seria vítima de um sequestro e que a pessoa que o mantinha em cativeiro estava em um dos quartos do hotel.
 
Os policiais entraram no local e, após resistência do suspeito, conseguiram contê-lo. No quarto foi encontrado um revólver calibre 38 com cinco munições intactas e uma deflagrada. Logo depois, a vítima contou que veio de Rondonópolis transportando um frete. Após a entrega, resolveu entrar em um site para tentar buscar outra viagem.
 
Neste site, o motorista encontrou uma oferta para transportar uma moto niveladora para Ponta Porã (MS). O frete combinado seria de R$ 6,5 mil. Porém, quando o homem chegou ao local combinado foi surpreendido pelos bandidos, que armados anunciaram o assalto. Dois deles saíram com o caminhão, enquanto que o terceiro ficou com o homem em um matagal por mais de oito horas.
 
A vítima então pediu ao criminoso que encontrassem outro local para ficar, já que o local era muito escuro e tinha bastante inseto. Eles então seguiram para um hotel que fica nas proximidades, onde o homem conseguiu pedir ajuda. O suspeito disse que o veículo seria usado para transportar madeira e depois seria abandonado.
 
Um dos homens que dirigiam o caminhão foi reconhecido pela vítima, por conta de uma ligação. O caso é investigado pela Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derfva).