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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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​confusão no palácio

Vereador Abílio é acusado de “invadir” secretaria, intimidar e atrapalhar servidores; veja vídeo

Foto: Reprodução

Vereador Abílio é acusado de “invadir” secretaria, intimidar e atrapalhar servidores; veja vídeo
O vereador Abílio Brunini (PSC) protagonizou uma confusão na Secretaria de Inovação e Comunicação (Sicom) de Prefeitura de Cuiabá, na tarde desta sexta-feira (17). A queixa é de que o parlamentar teria “invadido” a Sicom, constrangido e filmado servidores durante o expediente na tentativa de obter informações sobre a pasta. A Polícia Militar chegou a ser acionada na ocasião. Por telefone, o vereador negou o desrespeito.


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Abílio foi à secretaria em busca de informações sobre gastos da atual gestão com publicidade e, de acordo com a Sicom, foi informado que todas as solicitações podem ser encontradas no próprio site oficial do município. A Prefeitura alega que além de disponibilizar os dados online, o vereador pode também fazer um requerimento de dados se necessitar.
 
“Não nos furtamos de dar nenhuma informação, só pedimos a ele que a solicitação fosse feita da forma correta. Da forma que um parlamentar deve se comportar. É muito simples fazer um requerimento e nós respondermos, mas não me parece que ele esteja querendo apenas as informações”, afirmou o secretário de comunicação Júnior Leite à reportagem. “Além disso, ele não quis conversar civilizadamente comigo, que respondo por essa Secretaria, e ficou filmando a mim e aos funcionários sem autorização. O ato dele me parece mais promocional do que em favor da população”, completou.
 
“Nossa gestão é humanizada, não podemos permitir que ele venha obstruir o trabalho dos nossos servidores, além de invadir a privacidade deles, como cidadãos, filmando-os e fotografando-os. É minha responsabilidade cuidar de todos. Essa é uma ordem do prefeito Emanuel Pinheiro”, alegou Leite.
 
Informado sobre o acontecido, o secretário-adjunto de Governo, Lincoln Sardinha, cobrou uma posição da Câmara de Vereadores. “A Câmara tem que tomar uma atitude contra essa postura antiética do vereador Abílio. Ninguém vai obstruir o trabalho dos funcionários do município, atrapalhar um dia inteiro de trabalho e ainda sair impune. As pessoas estão ficando amedrontadas. Tomaremos sérias providências sobre esse péssimo comportamento do parlamentar. Quem perde com esses atos promocionais é a população que está pagando pelo serviço dos funcionários públicos e do próprio vereador”, desabafou Lincoln. “Ele se diz cristão, mas cadê o respeito e amor ao próximo?”, finalizou.

A Prefeitura entende que Abílio passou a maior parte do dia obstruindo os serviços da Secretaria de Inovação e Comunicação (Sicom) do Município. Além de desrespeitar servidores, o Executivo entende que o parlamentar infringiu um dos princípios constitucionais que regem a administração pública: o da ‘eficácia’, desperdiçando tempo e dinheiros do contribuinte.
   
Outro lado
 
Em entrevista concedida por telefone, o vereador Abílio Brunini negou que tenha desrespeitado os servidores e alegou que somente buscava informações. O parlamentar afirma que filmou sua ação na Sicom não com o intuito de intimidar ninguém, mas para se resguardar de possíveis calúnias futuras. “O procurador da Câmara Municipal me orientou que eu poderia me proteger e para isso eu gravei as minhas ações”, revela.
 
Abílio afirma que sua ação se ancora no artigo 11, inciso 14 da lei orgânica do município. “Todo o vereador tem livre acesso em qualquer órgão público, seja da administração direta ou indireta, pode diligenciar a pessoa competente no local ou copiar e coletar qualquer informação pública”, citou ele.  “Fui até a secretaria fiscalizar as despesas da secretaria e ai eu solicitei a uma assessora, que é advogada, acesso ao departamento financeiro e ela me falou que as informações estão no portal da transparência”, narrou. O objetivo de Abílio é ver quanto a Sicom tem pago por publicidade e cruzar os dados com a visualização que o material tem recebido.

O vereador disse que sua atuação foi com o intuito de fiscalizar a Prefeitura e, segundo ele, não faz sentido "avisar" com antecedência antes de ir ao local. Para ilustrar sua tese, comparou com a situação com a atuação de um agente de trânsito, que se avisar que está indo a determinado local, quando chegar, não encontrará nenhuma irregularidade.
 
Servidores da prefeitura acionaram a Polícia Militar contra Abílio e ele conta que também tentou ligar na instituição, mas não foi atendido. De acordo com ele, a Procuradoria da Câmara será acionada porque ele entende que teve seu direito de fiscalizar cerceado.

 
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