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Ausente, Mauro Mendes é alvo de candidatos em debate; veja principais pontos

16 Set 2018 - 19:58

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Carlos Gustavo Dorilêo

Foto: Carlos Dorilêo/Olhar Direto

Ausente, Mauro Mendes é alvo de candidatos em debate;  veja principais pontos
O debate entre os candidatos ao governo neste domingo (16), realizado pela TV Mais, afiliada da TV Cultura, e pelo GW100, teve Mauro Mendes (DEM) como o principal alvo. Em primeiro lugar nas pesquisas recentes, o democrata decidiu não comparecer ao embate de ideias e acabou não podendo se defender de todas as acusações feitas contra ele.


O programa foi dividido em cinco blocos com perguntas entre os candidatos, todos eles com tema livre. A ordem foi determinada por sorteio. As regras do debate foram aprovadas pelas respectivas assessorias. A finalidade da estrutura adotada foi de que as discussões fluissem livremente entre os participantes, evitando assim o chamado “engessamento”.

Confira os principais pontos do debate deste domingo (16):

Banho Maria

O primeiro bloco do debate foi morno. Os candidatos fizeram perguntas propositivas aos outros e aproveitaram a chance para expor um pouco dos seus planos de governo. Entre os assuntos pontuados, estiveram: saúde, ferrovia, rodovias, proteção ao idoso e programas assistenciais. 

Wellington Fagundes e Pedro Taques aproveitaram segundos de suas falas para enviar mensagens de condolências pela morte de Antônio Mulato, que faleceu no último sábado (15), aos 113 anos.

Início das faíscas

Nos embates, destaca-se a fala de Arthur Nogueira, que acusou Taques de tentar desestabilizar os seus adversários e ainda disparou: "Antes mesmo de prender [João] Arcanjo, eu já estava estudando admnistração". A questão da ferrovia também foi centro de discussão, com a maioria dos postulantes ao Palácio Paiguás se comprometando a extender os trilhos até a capital mato-grossense.

Moisés aproveitou para criticar o candidato Mauro Mendes, que não compareceu ao debate, que - segundo ele - "não conseguiu entregar o novo Pronto-Socorro" e prometeu acabar com as OSS's. Taques destacou que o dinheiro recuperado da corrupção está sendo investido nos hospitais e garantiu a entrega da nova unidade de saúde este ano.

Problema de relacionamento?

No segundo bloco, Wellington cutucou Taques sobre a sua relação com os prefeitos e questionou se ele não tem bom relacionamento com eles. Além disto, acusou o atual governador de usar, indevidamente, o dinheiro do Fundeb para outros fins. Em resposta, o tucano rebateu dizendo não ser verdadeira a afirmação e que alguns não gostam dele porque "não faço acordo e maracutaia. Estou cortando o leitinho daqueles que mamavam".

Moisés foi outro que aproveitou para criticar Pedro Taques. Em sua resposta sobre o trato com servidores, prometeu voltar com o pagamento no último dia útil do mês. Além disto, também aproveitou para atacar o calcanhar do tucano, que tem denúncias de corrupção em seu governo, afiançando que este é o grande causador da crise no Executivo.

Candidato ausente...

Por fim, o socialista ainda apontou as armas para Mauro Mendes ao criticar os incentivos fiscais que as empresas recebem em Mato Grosso: "Tem empresa de um candidato ao governo que está em recuperação judicial. Com pais de família que precisam receber, enquanto que eles têm incentivos".

Arthur Nogueira voltou a tocar na tecla da Segurança Pública. Disse que o número de tornozeleiras eletrônicas está bastante alto e que as audiências de custódia são uma afronta aos policiais.  Por fim, garantiu que o escândalo da 'grampolândia pantaneira' envergonhou a Polícia Militar. Além disto, cutuou Taques e Wellington dizendo que não viam os problemas nas rodovias porque só andam de avião pelo Estado.

RGA ainda assombra

O terceiro bloco do debate voltou a ter pequenas trocas de farpas e novamente foi focado em propostas. Um dos temas que chamou a atenção foi a discussão sobre o Fethab, entre Wellington Fagundes e Arthur Nogueira. O senador garantiu usar o recurso para o que foi criado e não colocará o dinheiro advindo dele em outros setores.
Taques também usou o seu tempo para rebater alguns números apresentados pelos seus candidatos, como o número de presos que utilizam tornozeleiras e a população prisional do Estado. Garantiu ainda que não dará prosseguimento ao Fethab 2 e que usou o recurso de acordo com o que manda a lei. 

Arthur Nogueira aproveitou para lembrar do embate entre Taques e os servidores estaduais, principalmente na questão do pagamento do Reajuste Geral Anual (RGA). O tucano garantiu estar trabalhando para garantir o direito de aposentadoria a quem já está trabalhando e defendeu que a mudança nesta questão aconteça gradativamente.

Para Moisés Franz, as obras com problemas e falta de projetos atestam a "falta de incompetência dos gestores públicos". O atual governador usou a questão das falhas encontradas em muitas delas, principalmente as da Copa do Mundo, para voltar a dizer que não "coloco R$ 1 em obra que houve roubo". Aproveitou ainda para culpar Silval Barbosa e dizer que ele estaria aliado com Mauro Mendes.

Sobrou para a ex-reitora

O quarto bloco teve Pedro Taques utilizando a candidata ao Senado Federal da chapa de Wellington Fagundes, Maria Lúcia, para criticá-lo. Quando falava sobre as obras do Hospital Júlio Müller, cravou que não colocará dinheiro em algo que está com projeto mal feito, citou que ele foi elaborado pela UFMT e que a integrante da coligação era quem administrava a unidade de ensino à época.

O senador rebateu as acusações afirmou que o projeto está bem feito e que o executará se for eleito pela população de Mato Grosso. 

A Lei Khandir também foi tema de discussão entre Wellington Fagundes e Moisés Franz. O socialista afirmou que seu partido não é contra o agronegócio e que defende apenas a descentralização da renda, que está concentrada na mão de poucos. Por conta disto, prometeu, junto com a bancada federal, lutar por maior compensação ao Estado, que "arrecada muito e e recebe pouco".

Se não fosse eu...

Fagundes aproveitou alguns segundo também para citar o abandono dos aliados de Pedro Taques e garantiu que, se Mato Grosso não tivesse recebido os repasses, pelo qual ele diz ter lutado, os servidores estariam sem receber até hoje.

Questionado sobre a Unemat, Taques disse que sonho do vice na chapa de Mauro Mendes, Otaviano Pivetta (PDT), seria privatizar a instituição. Se posicionou contrário a isto e deixou no ar que "alguns companheiros queriam que eu fizesse isto". Por fim, defendeu a PEC do Teto dos Gastos, dizendo que "ela rege que você só pode gastar o que arrecada".

Pode isso?

O quinto e último bloco, começou um embate entre Arthur Nogueira e Wellington Fagundes, com o candidato da Rede questionando os partidos com os quais o senador faz coligação, incluindo o PT, já que ele votou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Em resposta, Fagundes afirmou que o diálogo é importante, principalmente para quem quer ser govenador e destacou a capacidade de conseguir juntar diversas siglas para conseguir chegar ao melhore resultado para a população. Citou ainda que os servidores, atualmente, "tem medo de assinar documentos" e prometeu não atrasar os salários.

Mangas de fora

Outro embate interessante aconteceu no momento em que Fagundes questionava Taques sobre vários de seus ex-secretários também terem sido de Mauro Mendes. O tucano aproveitou para endurecer na resposta: "Só porque a pessoa foi secretário do Mauro, não coloca carimbo na testa dela. Se assim fosse, o senhor seria secretário de Silval [Barbosa]. O senhor foi quem indicou cargos para ele. O fato de trabalharem com um ou com o outro não quer dizer nada".

Depois, Taques ainda foi adiante com a reposta, ao citar as obras não concluídas da BR-174: "Esta é obra do DNIT. Quem manda lá é o Wellington Fagundes, os representantes foram indicados por ele". Depois, criticou a atuação do senador em Brasília (DF), dizendo que ele "preisdiu a comissão e não resolveu a questão da Lei Khandir".

Temas delicados

Taques aproveitou o momento de garantir a participação em um eventual debate no segundo turno para criticar a ausência do candidato Mauro Mendes. Segundo ele, o democrata fugiu de temas delicados, "Como a dos trabalhadores que foram abandonados em Rondônia" 

A última palavra

Confira abaixo o que disseram os candidatos em suas considerações finais:

Arthur:
"Estou indo às ruas fazer o enfrentamento com o cidadão para pedir que ele possa consultar o meu nome. Fazer a comparação com os demais candidatos e ter o voto consciente. Não deixe de ir às urnas. Faça sua escolha qualitativa para os próximos quatro anos. Nosso plano de governo é feito para você. Precisamos priorizar as políticas públicas e aplicar os recursos certo".

Taques: "A mudança que Mato Grosso precisa, se iniciou em 2014. Iniciamos o combate a corrupção, transparência, melhoramos a segurança. Ladrão eu não sou, nunca roubei R$ 1 real. Não quero ser governador para recuperar minha empresa".

Wellington: "Quero ser julgado pelas minhas propostas e pela minha carreira e vida. Sei que as pessoas veem tantas obras inacabadas e ficam desesperançosas. Quero trabalhar com todos. Com o servidor público que não se sente estimulado. Este governo não investe na qualificação e na harmonia".

Moises: "Faça uma profunda reflexão eleitor. Veja o passado e o futuro de seus candidatos. Temos na disputa uma pessoa que responde a vários processos. É boneco de fantoche do Jayme Campos (DEM) e Carlos Bezerra (MDB). Fugiu dos debates. Esse é o momento de enfrentar as ideias, expor nossos planos".

Confira abaixo como foi o debate entre os candidatos:
 


Atualizada às 23h31.
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