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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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por Cuiabá

“Escoltado”, Taques encara calor e ruas lotadas para reverter rejeição no corpo a corpo; veja fotos

Foto: Rogério Florentino Pereira/ OD

Governador era orientado e direcionado por corredor humano que o deixava quase

Governador era orientado e direcionado por corredor humano que o deixava quase

Final da manhã de segunda-feira (24), trânsito intenso na região central de Cuiabá, e uma movimentação atípica: membros do alto escalão do Governo do Estado, pouco mais de 100 militantes, uma “tropa” de seguranças e, no meio disso, o governador Pedro Taques (PSDB), candidato à reeleição. A opinião das pessoas nas ruas divergia entre apoiadores, gritos em prol de candidatos adversários e motoristas irritados com o congestionamento.   


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Todos os passos de Pedro Taques foram previamente calculados. À sua frente, membros do staff se certificavam de que o chefe do Executivo seria bem recebido pelos proprietários de cada estabelecimento que ele entrasse. O “bate papo”, no entanto, ficou entre quatro paredes, porque ninguém além do governador e de seus assessores era liberado para entrar no local enquanto ele estivesse lá.



Escoltado por alguns pares de seguranças e de algumas dúzias de cabos eleitorais, Taques percorreu o Centro Histórico da Capital. Cada aperto de mão e cada abraço, ainda que pouco empático, era sabidamente registrado pelas câmeras de sua campanha.


Quando Taques adentrava a um estabelecimento, seguranças impediam acesso de transeuntes.

A duas semanas do primeiro turno das eleições, Taques se viu no terceiro lugar das pesquisas de intenção de votos e com uma rejeição*, que mesmo em queda, continua sendo a maior entre os cinco candidatos que disputam o Palácio Paiaguás. O tucano garante que suas pesquisas de consumo interno evidenciam outro cenário, mas decidiu partir para o corpo a corpo.

Sob um calor de quase 40 graus, acompanhado de seu vice, Rui Prado, e do deputado estadual Wilson Santos, ambos do PSDB, Taques disse que foi cobrado pela crise na saúde, mas que foi encorajado a continuar. “Está excelente [a recepção], graças a Deus”, garantiu, com um sorriso largo no rosto. “É importante dizer para o cidadão o que fizemos, pedir voto, estar na rua e mostrar o que ainda podemos fazer para melhorar Mato Grosso”.

“[Cobraram] a melhora na saúde. Mas me deram incentivo para seguir em frente”, pontuou, destacando a frase que dá titulo a sua coligação, ‘Segue em Frente Mato Grosso’.


Taques afirma que a recepção nas ruas está sendo excelente.

A reportagem do Olhar Direto conversou com algumas pessoas que trabalham nas lojas e lanchonetes pelas quais o governador passou. Nenhuma quis se identificar, mas revelaram que o encontro com o titular da cadeira mais cobiçada do Estado não durou muito tempo. “Foi coisa rápida, não conversei, só me cumprimentou”, sintetizou uma vendedora.

Mais adiante, um comerciante avaliou que, se depender do eleitorado cuiabano, Taques seguirá com dificuldades. Nos bastidores, fontes próximas ao governador afirmaram que a estratégia de tomar as ruas foi realmente causada pelo “efeito Ibope*” – última pesquisa que mostrou o tucano empatado com Wellington Fagundes (PR) na briga por um insólito 2º turno.

“Cuiabá tem muito servidor do Estado, a maioria das pessoas que moram aqui são [funcionários do Governo]. E o povo está muito desgostoso com ele, não querem nem conversa. O Mauro [Mendes, ex-prefeito de Cuiabá, do DEM] vai levar muito voto. Acho que aqui em Cuiabá ta difícil pra ele”, analisou.

*A pesquisa citada na matéria é a segunda rodada do instituto Ibope, registrada na Justiça Eleitoral sob número MT‐05998/2018. Foram ouvidos 812 eleitores, em 36 municípios do Estado, dos dias 17 a 19 de setembro. Pedro Taques aparece com 37% de rejeição, seguido por Arthur Nogueira (Rede) com 16%; Moisés Franz (PSOL), com 14%; Wellington Fagundes (PR) com 13% e Mauro Mendes (DEM) com 10%. Em intenção de votos na categoria estimulada, Mauro Mendes tem 39%; Pedro Taques (PSDB) 20%; Wellington Fagundes 20%; Arthur Nogueira (Rede) 2%; Moisés Franz (Psol) 1%; Brancos e nulos 8% e não souberam ou não opinaram 10%.
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