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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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APÓS VISTORIA

Conselho encontra irregularidades, mantém interdição e proíbe atendimentos do 'Plástica para Todos'

Foto: Rogério Florentino / OD

Conselho encontra irregularidades, mantém interdição e proíbe atendimentos do 'Plástica para Todos'
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso (CRM-MT) interditou totalmente os trabalhos dos médicos que atuam na empresa Plástica Para Todos.  A decisão foi tomada após uma vistoria realizada no último dia 9 de agosto, que encontrou algumas irregularidades. O consultório da empresa já havia sido interditado em 17 de julho, mas não houve prejuízo, pois os médicos não estariam impedidos de atuarem junto aos pacientes.



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De acordo com o CRM, a manutenção da interdição ética é decorrente da  vistoria  realizada no dia 09 de agosto. Na ocasião, irregularidades que estão documentadas no Processo Administrativo de Interdição Ética 02/2018, foram encontradas.

“Esta decisão de interdiçãopor ser mera prorrogação já está em vigor, encerrando na ocasião em que as determinações sejam cumpridas, após nova avaliação deste conselho e aprovação de seu plenário”, diz o Conselho, por meio de nota.

A empresa está situada na Avenida Miguel Sutil, Edifício Santa Rosa Tower, Bairro Jardim Mariana, em Cuiabá. O Programa Plástica para Todos é recente em Cuiabá e sua divulgação acontece em um grupo fechado do Facebook, com mais de 7 mil mulheres. De acordo com a empresa, o Projeto tem foco no atendimento de pacientes que esperam há anos por um procedimento cirúrgico pelo SUS, e que muitas das vezes se submeteria a cirurgias clandestinas em países vizinhos, ou que jamais teriam acesso a esse serviço, em busca da saúde mental, reparatória, qualidade de vida e melhora geral de sua saúde, proporcionados  por uma cirurgia plástica.


Casos envolvendo o nome da empresa
 
O nome do projeto veio à tona após a morte da esteticista cuiabana Edléia Daniele Ferreira Lira, de 33 anos, Daniele Bueno nas redes sociais, no dia 13 de maio. Ela foi submetida a um procedimento de cirurgia plástica no Hospital Militar em Cuiabá. Ela foi encaminhada ao Hospital Sótrauma após passar mal e não resistiu. Ela era casada e tinha uma filha pequena. Laudo da Politec apontou que não houve a perfuração de nenhum órgão ou veia vital, mas que ela morreu em decorrência de um choque hemorrágico em função de sangramento, diretamente ligado à lipoaspiração.
 
A Sociedade Mato-grossense de Anestesiologia (Soma) emitiu uma nota relatando mais dois casos de complicação após cirurgias do programa Plástica para Todos em Cuiabá. As apurações seguem em sigilo, mas a SOMA confirmou que duas pacientes foram encaminhadas para a UTI após procedimentos no Hospital Militar pelo programa. Na nota, o presidente da Soma, o médico Jefferson Yoshinari Ferreira da Cruz, disse que tiveram conhecimento “de um segundo e terceiro casos vinculados a esse programa com graves consequências aos pacientes”.
 
Por meio de nota o presidente da Plástica para Todos, Bruno Borges Magella, afirmou que uma das pacientes sofreu uma intercorrência comum e teve que ser encaminhada à UTI da Santa casa e que a outra paciente teve sangramento de vasos, o que segundo ele é uma condição esperada. Ele ainda disse que estes dois casos não têm relação com o de Daniele.
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