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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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'Maníaco da Garrafada' é preso pela morte de duas pessoas em Cuiabá; dopava idosos para roubar

Foto: Divulgação

'Maníaco da Garrafada' é preso pela morte de duas pessoas em Cuiabá; dopava idosos para roubar
A Polícia Judiciária Civil (PJC) prendeu o maníaco Francisco Djalma Francioni, 67 anos, acusado de abordar idosos, preferencialmente, na porta de hospitais e rodoviárias de cidades das regiões Centro Oeste, Sul e Sudeste do Brasil, oferecendo um medicamento para cura de doenças diversas (reumatismo, diabetes, próstata, câncer). Ao todo, foram 25 vítimas, sendo que pelo menos três foram a óbito, sendo duas em Cuiabá.


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Cabelos grisalhos, estatura mediana, branco, cicatriz na barriga, aparentando idade entre 50 e 60 anos, que se apresentava como tenente militar aposentado. Estas são características descritas pelas mais de 25 vítimas do homem.
 
As vítimas, após fazer a ingestão do suposto remédio, desmaiavam e tinham todos os pertences roubados (documentos pessoais, dinheiro, aparelho celular e cartões de bancos). Todas as vítimas ficaram internadas em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) depois que tomaram o suposto remédio. Três delas  faleceram, sendo duas em Cuiabá e uma na cidade de Anápolis (GO).
 
O criminoso que ao longo de mais de um ano era investigado pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, até então sem qualificação, foi preso no dia 19 de setembro, no Estado de Goiás, pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf), e recambiado para Cuiabá no dia 22 de setembro.
 
"Ele ganhava a confiança das vítimas dizendo que era militar aposentado e que tinha um medicamento muito bom para a doença que a vítima tinha (antes ele questionava sobre problemas de saúde). Em seguida, colocava uma substância em um copo e entregava para a vítima beber, dizendo que ela já se sentiria melhor rapidamente. Após ingerir a substância, as vítimas desmaiavam. Ele subtraia todo o patrimônio delas, como celular, carteira, cartões de banco etc", explicou o delegado da Polícia Civil de Mato Grosso,  Eduardo Rizzotto de Carvalho.
 
Conforme o delegado, as vítimas tiveram seus nomes usados para prática de estelionatos diversos, saques em contas bancárias e empréstimos. A substância ingerida pelas vítimas ainda não foi identificada pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
 
Como algumas das vítimas estavam sem documentos, deram entrada em hospitais como se fossem "andarilhos" ou "moradores de rua". A escolha também por vítimas idosas, no caso de falecimento, tinha a intenção de dar aparência de morte natural, como ocorreu em uma das vítimas de Cuiabá (Vanderlei Marcos Missau), que não chegou a ser encaminhada ao Instituto de Medicinal Legal (IML). Na certidão de óbito consta como “causa mortis” apenas falência múltipla dos órgãos/falência vascular cerebral.
 
A prisão do criminoso ocorreu na cidade de Alvorada do Norte (GO), quando o suspeito foi visitar sua namorada. Ele vai responder por roubos combinados com dois homicídios qualificados e três tentativas de homicídio pelos crimes cometidos em Cuiabá. O suspeito também praticou o mesmo crime em Rondonópolis.
 
Todos os crimes em Mato Grosso ocorreram no ano de 2017. O acusado ficou conhecido como ‘Maníaco da Garrafada’.
 
Contatos com policiais de unidades de outros estados corroboraram no rol de informações que justificavam a necessidade de cessar a ação criminosa do suspeito, que vinha agindo em diversas localidades do País. Em Mato Grosso, as investigações estavam mais avançadas, próximas a identificação do maníaco, que utilizava vários nomes falsos e não ficava mais que dois dias em uma única cidade.
 
O suspeito era procurado por Polícias Civis de outros estados e tinha  mandado de prisão aberto no Paraná e em Goiás.
 
"Sempre viajando para dificultar que a polícia o capturasse. Ele escolhia suas vítimas, na maioria pessoas idosas e moradoras da zona rural, o que dificultava suas oitivas, sobretudo, por ficarem inconsciente e por muito tempo internadas em estado grave em UTIs", observou o delegado, Eduardo Rizzotto. 
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