O vice-governador eleito Otaviano Pivetta (PDT) acredita que as vitórias de Mauro Mendes (DEM) em Mato Grosso e de Jair Bolsonaro (PSL) para presidente do Brasil devem remodelar as relações institucionais entre o Estado e a União. O pedetista, que anunciou assim como o democrata voto no capitão reformado do Exército, acredita que os próximos quatro anos podem ser de um trabalho para tirar Mato Grosso do “isolamento”.
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“Primeiro, nós precisamos fazer o dever de casa. Mato Grosso teve uma fase de decadência muito grande, especialmente, na relação com a Federação. Precisamos organizar as contas públicas e nós faremos isso. No momento oportuno, iremos nos apresentar sim ao Governo Federal para buscar os investimentos necessários para libertar Mato Grosso do isolamento, especialmente nas áreas de infraestrutura, saúde e educação. Queremos e vamos nos dedicar totalmente à melhoria da prestação do serviço público no estado de Mato Grosso”, declarou Otaviano Pivetta, de acordo com sua assessoria de imprensa.
“A construção de uma nova relação institucional entre os governos estadual e federal, com a confirmação da vitória de Jair Bolsonaro presidente pelo PSL, será fundamental para libertar Mato Grosso do isolamento”, completou o pedetista. Apesar de o partido de Pivetta ter lançado Ciro Gomes à Presidência da República e o presidenciável no segundo turno ter anunciado “apoio crítico” ao projeto de Fernando Haddad (PT) contra a candidatura de Bolsonaro, Pivetta declarou voto e apoio à candidatura do PSL.
Na avaliação do vice-governador eleito, Mato Grosso deverá estabelecer uma relação produtiva com o Governo Federal, a partir da reorganização do Governo do Estado, cujas contas públicas atualmente se apresentam desarranjadas, o que culminou no rebaixamento da nota de crédito estadual.
Transição
Pivetta integra a comissão de transição montada e chefiada por Mauro Mendes. De acordo com sua assessoria, os relatórios preliminares apontam que Mato Grosso amarga dívidas na ordem de 3 bilhões, podendo chegar até o final do ano com aproximadamente R$ 4 bilhões de restos a pagar. Os valores de restos a pagar foram abordados pela campanha de Mauro durante a disputa eleitoral e foram um capítulo à parte no embate com o governador Pedro Taques.
“Esse trabalho teve início oficialmente na última quinta-feira, a partir de reunião voltada à formação das equipes de trabalho, na qual foram definidos os representantes de cada área para busca de informações que embasarão o planejamento da nova gestão. Não está em discussão, nesse momento, o quadro do secretariado e sim a busca de toda e qualquer informação que contribuirá neste processo de confecção do diagnóstico do Estado”, explicou Pivetta sobre a transição.
Anunciada na última quarta-feira (24), a comissão de transição conta ainda com Gilberto Figueiredo, Pascoal Santullo Neto, Mauro Carvalho Junior, Francisco Serafim de Barros, Marcelo de Oliveira e Silva, Margareth Busetti, Rafael Bello Bastos, Mauren Lazaretti, Adriano Silva e Salete Morockoski. Mmauro Mendes é o coordenador dos trabalhos.
Os trabalhos da transição começaram na última quinta-feira (25). As instalações do grupo ficam em uma ala na sede da Procuradoria Geral do Estado.
