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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Cicatrização

Após ter 25% do corpo queimado, piloto que ficou perdido em mata passa por cirurgias plásticas

Foto: Reprodução

Após ter 25% do corpo queimado, piloto que ficou perdido em mata passa por cirurgias plásticas
O piloto Maicon Semencio Esteves, de 27 anos, que sobreviveu após uma queda de avião e foi resgatado na quarta-feira (7),  depois de ficar cinco dias perdido na mata em Peixoto de Azevedo (696 Km de Cuiabá), passou pela primeira cirurgia plástica na manhã de sábado (10). A cirurgia foi realizada nas mãos, corpo e rosto do jovem, que sofreu queimaduras de primeiro e segundo grau devido à queda da aeronave em 25% do corpo. 


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A cirurgia, chamada de desbridamento, foi realizada no Hospital e Maternidade 13 de Maio em Sorriso pelo cirurgião plástico Paulo da Silveira, no procedimento é feito a remoção dos tecidos necróticos, deixando a pele em condições adequadas para a cicatrização.

Segundo a assessoria do hospital, o piloto passa bem após o procedimento, mas ainda está internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).  Maicon está respondendo bem e está consciente.

O acidente
 
O acidente foi testemunhado por um agricultor que estava a cerca de 500 metros do local da queda, arando a terra, no sábado (3). Ele viu o momento em que avião desceu rapidamente e não subiu. Ele seguiu até uma fazenda próxima e avisou na sede para chamar o socorro.
 
Somente na segunda-feira (5), foram vistos galhos quebrados por pessoas que começaram as buscas e por dois policiais militares. Os PMs encontraram a porta do avião aberta e um canivete a alguns metros da aeronave, o que indicava o deslocamento do piloto. A cabine também estaria intacta.
 
As buscas
 
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 11 horas daquele dia. Às 14h30, uma equipe do Corpo de Bombeiros de Colíder, composta pelo tenente Fonseca, sargento Veloso e soldado Evaristo iniciaram as buscas.
 
Conforme os bombeiros, todo deslocamento é dificultado pela distância de Colíder até o distrito de União do Norte, e também até o local da queda do avião, que ocorreu dentro da floresta.
 
No segundo dia de busca, terça-feira (6), os bombeiros caminharam entre quatro e cinco quilômetros em linha reta na mata fechada. Durante toda terça-feira os bombeiros ficaram dentro da floresta, não saíram, não foram vistos pelos policiais militares nem pelas pessoas das fazendas. Gritaram e soltaram fogos na esperança de que o piloto respondesse, porém, sem sucesso.
 
 A localização do piloto
 
Já na quarta-feira, dia que o piloto foi encontrado, bombeiros da cidade de Sorriso (a 418 km de Cuiabá) chegaram pela manhã com um cão de busca. Na mesma manhã, o Corpo de Bombeiros também mobilizou um grupo de 30 trabalhadores da fazenda São João, munidos de facões. Iniciou-se uma força-tarefa em busca de Maicon. O grupo fez um “pente fino” e conseguiu localizar o piloto próximo de um córrego.
 
A cerca de 200 metros, uma caminhonete particular conseguiu chegar.  Ela o transportou até o distrito de União do Norte. Lá, uma unidade de resgate do município de Peixoto de Azevedo fez os atendimentos, os primeiros socorros nos ferimentos e aplicou soro no piloto, que ainda continua internado.
 
O irmão do piloto, Diego Semencio Esteves, disse ao Olhar Direto que ainda não há previsão de alta, mas que a família está tentando fazer a transferência dele para um hospital de Sinop ou Sorriso.
 
Dias na mata
 
Depois de caminhar por muito tempo, o piloto parou nesse local e ficou bebendo água, mas mesmo ingerindo liquido, ele estava muito debilitado pelas queimaduras, arranhões causados por espinhos na mata e por machucados no pé que sofreu de tanto caminhar.
 
Para proteger o rosto dos espinhos, o piloto ficou com capacete de voo, o que dificultou a percepção dos fogos e dos chamados que foram feitos durante toda a terça-feira, dia que os bombeiros mais fizeram buscas e que ficaram mais tempo na mata.
 
Maicon estava cansado, sem condições de caminhar mais. Ele tinha feridas abertas e insetos que causavam mais ferimentos na pele. Durante os cinco dias, ele se alimentou somente com bolachas que trazia consigo. O resgate aconteceu em uma maca improvisada.  

Os bombeiros durante a busca se feriram em urtigas e espinhos, ficaram com carrapatos presos à pele e viram um grupo de queixadas (porcos do mato) agressivo. Eles iam dormir à meia-noite e estavam na mata assim que o sol nascia, segundo relatou o tenente que comandou a ação.

Os moradores do município Primeiro de Maio (PR), onde o rapaz mora, soltaram fogos quando receberam a informação de que ele havia sido localizado com vida. 
 
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