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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Austeridade

Mendes não descarta medidas econômicas "duras" e manda recado para servidores e agro

Foto: Rogerio Florentino/Olhar Direto

Mendes não descarta medidas econômicas
Pouco mais de um mês após ter sido eleito governador de Mato Grosso, o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), já está sentindo na pele a pressão para garantir o equilíbrio das contas do Estado a partir do próximo ano. De um lado da corda estão os servidores públicos e o agronegócio, que se mantêm inflexíveis quanto a possíveis mudanças nas políticas econômicas sobre ambos, do outro o democrata, que garante não sofrer intimidação.


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“Nós vamos tomar algumas decisões, a melhor que for possível para o Estado de Mato Grosso, para o servidor, para o cidadão. Eu estou aqui para administrar Mato Grosso olhando para todos: para o servidor, para o contribuinte, para o agronegócio, para o social... Eu não posso olhar individualmente ou exclusivamente para nenhum setor. Tomar decisões é analisar o contexto e fazer aquilo que é melhor para o conjunto”, avisou, admitindo a possibilidade de taxar o agronegócio e, até mesmo, de revogar determinadas leis que garantem benefícios aos servidores do Estado.

A taxação do agronegócio vem sendo defendida por aliados de Mendes, a exemplo do senador eleito Jayme Campos (DEM). Mas, ao mesmo tempo, outra centena de políticos do grupo é contra tal hipótese. Inicialmente, a ideia é submeter o setor a uma legislação similar à praticada em Mato Grosso do Sul, que obriga a comercialização de parte da produção no mercado interno, gerando assim cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Em Mato Grosso os produtos destinados à exportação, os chamados primários, não pagam ICMS há 22 anos, desde quando o Governo Federal criou a Lei Kandir. Por esse motivo, a lei sempre provocou polêmica entre os governadores de Estados exportadores de commodities, que alegam perda de arrecadação devido à isenção do imposto nesses produtos.

Antes de bater o martelo, no entanto, Mauro defende que a discussão gire em torno da contenção de despesas. “Aumentar a receita é uma possibilidade. Mas não adianta nada aumentar a receita só para cobrir despesas já criadas, porque aí Mato Grosso vai continuar devendo hospitais, estradas. Existe um rombo hoje na previdência de R$ 1,1 bilhão. Só para pagar esse rombo nós temos que pagar R$ 1,1 bi. Nós vamos trabalhar sim, e muito, para melhorar as receitas. Mas nós temos que trabalhar muito também para segurar as despesas, se não nós vamos arrumar dinheiro novo só para tampar buraco velho”.

E diante da possibilidade de receber o Executivo das mãos de Pedro Taques (PSDB) em meio a uma greve geral pelo não pagamento da RGA, Mauro Mendes adianta que os eventuais cortes não irão poupar nenhum setor, havendo, inclusive, a possibilidade de revisão de algumas políticas asseguradas por lei.

“Eu me candidatei a governador do Estado e tinha uma razoável consciência das dificuldades que nós teríamos que enfrentar. Não entrei enganado, sei que é difícil, disse em toda a campanha que seria difícil, eu não me candidatei a salvador da pátria. Tem muitas dificuldades, vou fazer o meu papel. Agora, todo mundo tem que colaborar para sairmos desse buraco. Estamos atolados e cabe a todos contribuir para que nós saiamos disso, senão o prejuízo será muito grande e muito maior. Eu vou fazer a minha parte, mas espero que todos façam a sua”.
 
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