O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou que a Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec) definirá o novo preço da tarifa do transporte coletivo na capital baseada em parâmetros técnicos. Pinheiro reforçou que a prerrogativa para definir a tarifa é da Arsec, cabendo ao prefeito apenas analisar a proposta. No entanto, ele afirmou que irá exigir que na nova licitação seja determinada a renovação da frota, com veículos mais confortáveis.
Leia mais:
Emanuel Pinheiro avalia valor de reajuste para transporte na capital; Arsec sugere R$4,10
Arsec propôs um reajuste de 6,7% para o próximo ano na tarifa do transporte público em Cuiabá. Caso aprovada em assembleia, a passagem deve sair de R$ 3,85 e chegar a R$ 4,10. Segundo o prefeito, a tarifa é definida pela Arsec, com base em uma decisão técnica.
“A legislação mudou na gestão passada, eu já herdei ela desta forma, ela não pode deixar de ter um acompanhamento e até uma palavra do prefeito, mas ela é uma decisão técnica determinada pela Arsec. Então tanto a tarifa de transporte coletivo, quanto de água e esgoto, não é mais uma prerrogativa do conselho municipal, da secretaria de mobilidade urbana com o conselho e depois o prefeito decreta, é uma decisão técnica da Arsec”.
O prefeito avaliou que o lado positivo desta mudança é que a definição da tarifa foge dos aspectos políticos, atendo-se apenas à parâmetros técnicos e objetivos. Ele ainda disse que, apesar de não definir o preço, irá exigir que na nova licitação seja estipulado um prazo para que a frota de ônibus na capital seja renovada.
“Então eu ainda estou avaliando a tarifa, eu determinei uma nova licitação, eu quero que ela defina um prazo para que todos os ônibus de Cuiabá sejam os mais novos possíveis, todos com ar condicionado, com uma idade média da frota em um valor mínimo, com todos os ônibus com ar condicionado, todos os ônibus adaptado à pessoa com deficiência, bem como o prazo, que deve ser estabelecido no edital, também para que toda a frota seja gradativamente trocada para a de energia limpa, de preferência com ônibus elétricos”.
Segundo o prefeito, para que a população consiga receber um serviço de qualidade, com conforto e eficiência, o preço da tarifa deverá ser à altura, sem que o trabalhador seja sacrificado.
“Para se avançar, para colocar Cuiabá no primeiro mundo, na qualidade do transporte coletivo e da humanização, é necessária uma tarifa que remunere o sistema, mas eu também não quero uma tarifa que quebre o trabalhador ou que venha sacrificar o empresariado, porque pagam a sua cota parte no auxilio transporte dos trabalhadores”.
