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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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​considerado foragido

Emanuel Pinheiro exonera secretário-adjunto de saúde alvo de operação

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Emanuel Pinheiro exonera secretário-adjunto de saúde alvo de operação
O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) exonerou Flávio Taques do cargo de secretário- adjunto de Gestão de Saúde. Ele é um dos alvos da operação Sangria 2, deflagrada pela Delegacia Fazendária contra organização criminosa que teria montado esquema para monopolizar a saúde no Estado de Mato Grosso, por meio de serviços médicos hospitalares.


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“Tão logo tomei conhecimento de que havia sido expedido mandado de prisão em relação ao secretário-adjunto de Saúde, Flavio Taques, não me restou outra alternativa senão exonerá-lo do cargo”, afirmou Emanuel Pinheiro.
 
De acordo com o prefeito de Cuiabá, a exoneração já foi assinada e encaminhada para publicação em Diário Oficial de amanhã com a data de hoje. Flávio Taques ainda não foi encontrado pela polícia e não se entregou. Ele já é considerado foragido.
 
Pinheiro reiterou que quando soube da operação, na manhã de hoje, determinou que a Secretaria Municipal de Saúde, a Procuradoria-geral do Município e a direção da Empresa Cuiabana de Saúde dessem todo o apoio necessário às investigações.
 
“O maior interessado em ajudar a elucidar essas denúncias é a Prefeitura de Cuiabá, é o prefeito pessoalmente, e a Prefeitura de Cuiabá. Então é necessário que se dê todo o apoio para que isso seja elucidado”, afirmou.
 
Flávio Taques é formado em Gestão Pública e Contabilidade pela Universidade de Cuiabá (Unic). Já esteve à frente da Superintendência de Financeiro da Companhia Matogrossense de Gás (MT Gás) e da Secretaria de Estado de Indústria e Comércio, assim como em várias coordenadorias de órgãos Governo do Estado.  Em 2012, assumiu a presidência do Mato Grosso Saúde (MT Saúde), onde permaneceu até 2015. 
 
Antes de assumir como secretário-adjunto de Gestão de Saúde, Taques estava na Diretoria Especial de Licitações e Contratados do Município.
 
Operação
 
No total, são cumpridos oito mandados de prisão preventiva e quatro buscas e apreensão. São alvos de mandado de prisão o ex-secretário municipal de Saúde, Huark Douglas Correia; Fábio Liberali Weissheimer (médico); Adriano Luiz Sousa (empresário); Kedna Iracema Fonteneli Servo; Luciano Correa Ribeiro (médico); Flávio Alexandre Taques da Silva Fábio Alex Taques Figueiredo e Celita Natalina Liberali.
 
O delegado Lindomar Aparecido Tofoli, explicou que no transcorrer das investigações do inquérito principal (119/2018), ficou constatado que o grupo criminoso teria destruído provas e apagado arquivos de computadores para dificultar as investigações, além de ameaças feitas a testemunhas.

A investigação da operação Sangria apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos/administrador de empresa, funcionários públicos e outros, tendo como objeto lesão ao erário público, vinculados a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, em especial, a Proclin e a Qualycare.

Segundo a apuração, a organização mantém influência dentro da administração pública, no sentido de desclassificar concorrentes, para que ao final apenas empresas pertencente a eles (Proclin/Qualycare) possam atuar livremente no mercado, “fazendo o que bem entender, sem serem incomodados, em total prejuízo a população mais carente que depende da saúde pública para sobreviver”.

A investigação demonstra que a organização criminosa, chefiada por médicos, estão deteriorando a saúde pública de Cuiabá e do Estado de Mato Grosso. Levantamento feito pela Central de Regulação de Cuiabá, em 2017, aponta que 1.046 pessoas aguardavam por uma cirurgia cardíaca de urgência e outras 390 por um procedimento cardíaco eletivo.

“Pedimos apoio da população para transformar essa calamidade que a saúde pública de Mato Grosso. Aquelas pessoas que foram prejudicadas, tiveram parentes que morreram por falta de atendimento nos hospitais, que denunciem para que possam ser punidas com rigor essas pessoas que desprezam o valor da vida humana”, orientou o delegado.

A operação, oriunda de investigação da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), é desdobramento do cumprimento de onze mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ocorridos no dia 4 de dezembro, para apurar irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), Qualycare (Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar LTDA) e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o Estado.

Nome da Operação

O nome da operação “Sangria” é alusivo a uma modalidade de tratamento médico que estabelece a retirada de sangue do paciente como tratamento de doenças, que pode ser de diversas maneiras, incluindo o corte de extremidades, o uso de sanguessugas ou a flebotomia.
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