Olhar Direto

Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Cidades

contrariando a empresa

Integrante da Gleba União afirma que seguranças iniciaram conflito em fazenda de Riva; Vídeo

Integrante da Gleba União afirma que seguranças iniciaram conflito em fazenda de Riva; Vídeo
Um integrante da Associação Gleba União, em Colniza (a 1006 quilômetros de Cuiabá), conhecido como ‘Lula Molusco’, divulgou pelas redes sociais um novo vídeo, que mostra outros membros do grupo correndo assim que começam os tiros. Segundo ele, foram os seguranças que começaram o confronto armado que deixou duas pessoas mortas e sete feridas no último sábado (5), na propriedade do ex-deputado, José Geraldo Riva, Fazenda Agropecuária Bauru (Magali).


Leia também:
Dois morrem e sete ficam feridos durante confronto armado na fazenda de Riva; veja fotos

Em áudios divulgados, o membro afirma: “Olha a prova, está aí a mentira deles. Tem malandrinho fazendeiro que banca eles... Eles mandaram ameaça pra nós ontem, falando que ia matar um por um se entrasse. (...) Engraçado que eles falaram que eu tomei um tiro. Eu estava lá mesmo, mas eu não consigo correr, tenho problema na perna. Eles pegaram dois caras que foram buscar água pra beber, jogaram no chão. O pessoal chegou perto pra eles não fazerem aquilo. O Jackson Pelegrini atirou. (...) Eles viraram a arma pra todo mundo”, afirma. “Eles têm que provar o que estão falando. E ‘nós prova’ com o vídeo aí. Eles levaram a arma pra cima e atirou, e o menino gritou achando que não iam atirar em nós”.

No último sábado, a empresa responsável pelo local, Unifort, lamentou o ocorrido e disse que os funcionários foram vítimas de uma “emboscada”. Segundo Unifort, um grupo de seguranças sofreu uma emboscada e foi surpreendido com disparos de arma de fogo, que atingiram o carro empregado pela equipe para realização de rondas. ”Sem outra alternativa, os seguranças foram obrigados a reagir para salvaguardar suas vidas, assim como dos demais trabalhadores da fazenda”, esclareceu.

‘Lula Molusco’, no entanto, nega essa versão. “Quem esta com armamento pesado, deve ser os da Força Armada, por que se as pessoas estivessem com armamentos pesados. Imagina 150 pessoas armadas igual eles falam ai. Deus quantas mentiras, o povo estava tão armada que não ficou nem um deles feridos”, afirmou, por meio do WhatsApp.

Assista ao vídeo:



Entenda o caso

A empresa Floresta Viva, que administra a Fazenda Bauru, de propriedade do ex-deputado estadual José Geraldo Riva, em nota, afirma que é constantemente invadida por grileiros que desrespeitam ordens judiciais.

Há três meses, cerca de 200 membros da Associação Gleba União haviam acampado nas proximidades. Eles afirmavam que só deixariam o local se Riva apresentasse um documento que comprovasse a posse da terra de 46 mil alqueires.
 
Já o novo comandante da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), Alexandre Bustamante, disse ao Olhar Direto que avalia a situação para saber se irá enviar reforço policial ao município. “Estamos esperando chegar às informações para obter um diagnóstico, por enquanto, para saber quais medidas tomar. As unidades locais já estão tomando todas as medidas e vão passar para nós se irão precisar de algum reforço”, afirmou.
 
A Polícia Civil, por meio de nota, informou que uma equipe se desloca para a propriedade rural onde ocorreu o confronto armado. A Delegacia de Polícia de Colniza solicitou reforço da Gerência de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil, Ciopaer, da Secretaria de Segurança Pública, e peritos da Politec de Cuiabá para realizar os trabalhos de local de crime e necropsia.
  
Há quatro meses, o Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria de Justiça de Colniza oficiou o Governo do Estado sobre risco de conflito armado no local. A preocupação é que ocorra uma tragédia como a chacina de abril de 2017, na qual nove pessoas foram mortas naquela região. 

Em dezembro do ano passado, o juiz Carlos Roberto B. de Campos, da Segunda Vara Cível Especializada em Direito Agrário de Cuiabá, determinou uma reintegração de posse na fazenda. Um estudo do Comitê Estadual de Acompanhamento de Conflitos Fundiários de Mato Grosso comprovou a real situação da área e recomendou a participação de 20 policiais militares na desocupação. 
 
O magistrado também considerou que já havia um mandado de reintegração de posse relacionado a esta propriedade, contra o mesmo grupo, sobre a ocupação da fazenda. O mandado foi deferido no dia 31 de outubro de 2018, mas alguns ocupantes permaneciam no local.

Na madrugada de hoje (05), os supostos invasores seguiram em direção à propriedade fortemente armados. Responsável pela segurança do local, profissionais da empresa Unifort revidaram as investidas dos suspeitos. Os membros da associação ainda teriam tentado atear fogo em uma caminhonete da empresa.

Veja nota da empresa na íntegra:

A Empresa Unifort Segurança lamenta o episódio registrado durante este sábado, 5/1/2019, dentro da fazenda Bauru, em Colniza, próximo à sede, e que envolveu supostos trabalhadores rurais e servidores da empresa. 
 
Nesta data, um grupo de seguranças sofreu uma emboscada e foi surpreendido com disparos de arma de fogo, que atingiram o carro empregado pela equipe para realização de rondas. 

Oportuno esclarecer que os invasores também estavam em poder de foices e facões. 

Sem outra alternativa, os seguranças foram obrigados a reagir para salvaguardar suas vidas, assim como dos demais trabalhadores da fazenda.

Infelizmente, mesmo após a reintegração de posse e anteriormente ao conflito de hoje, pessoas que se
denominam  trabalhadores rurais e que deveriam se manter do 
lado externo da propriedade,  insistem em descumprir a determinação judicial de 31/10/2018.

Registramos várias ameaças e invasões, incluindo disparos de armas de fogo durante as madrugadas em uma explícita ameaça aos funcionários da fazenda.

Imperativo esclarecer que em outubro de 2018, a Segurança  Pública de Mato Grosso recebeu comunicado da empresa Unifort Segurança versando do perigo iminente naquela região, mas a postura por parte do Executivo foi de inércia.

Reafirmamos que mesmo após a reintegração de posse, cumprida em dezembro de 2018, não se registrou a ampliação do número de efetivo policial. 

A Unifort é uma empresa constituída há mais de 20 anos no estado e que emprega hoje mais de 400 pais e mães de família e estará à disposição para esclarecimentos perante as autoridades competentes.

Assessoria Jurídica da Unifort Segurança.
Antônio César da Silva Costa

 
Veja a nota da Fazenda:

A empresa Floresta Viva, em decorrência dos últimos fatos ocorridos em sua propriedade rural situada em Colniza-MT, esclarece:

1) A Fazenda Bauru desde sua aquisição sofre inúmeras invasões ilegais, onde a propriedade é destruída e crimes ambientais são realizados. Todas as invasões foram devidamente comunicadas ao Poder Judiciário;          
                        
2) Os invasores insistem em desrespeitar as ordens judiciais, inclusive de afastamento dos limites da propriedade e, cometem toda sorte de crimes, como ameaça, crimes ambientais e etc. Tais ocorrências sempre foram devidamente comunicadas em tempo e modo as autoridades competentes;                          
  
3) Em razão das inúmeras invasões, a empresa contratou uma empresa de segurança privada, devidamente registrada  e previamente informada as autoridades, com a finalidade de proteger o local das inúmeras invasões;       
       
4)Infelizmente, no dia de hoje, empregados da empresa habilitada de segurança terceirizada privada, situada na Fazenda Bauru, sofreram uma emboscada realizada por terceiros, fortemente armados, que atentaram contra a vida dos seguranças e empregados da fazenda.

5) Lamentavelmente pessoas que se auto denominam trabalhadores rurais, mas que fazem parte de um grupo armado, novamente desrespeitando ordem judicial de reintegração de posse e de afastamento dos limites da propriedade, não somente atentaram contra a vida de pessoas como pretenderam com o uso da força, invadir a propriedade rural produtiva, para cometer crimes de toda ordem.

6)A empresa de segurança limitou-se a se defender no intuito de garantir a integridade física dos seus empregados.                             
  
7) A empresa Floresta Viva, imediatamente após o ocorrido, comunicou os fatos as autoridades competentes.

8) Igualmente, como em todas as ocasiões, a empresa Floresta Viva levará a situação ao Poder Judiciário para garantir a ordem e o cumprimento da lei.

9) Por fim, a empresa lamenta o ocorrido, externando sua preocupação com a vida e integralidade física de todos os envolvidos.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet