Familiares de João Paulo Pizzoni Valadares Mattar, ex-morador de Arenápolis (a 235 km de Cuiabá), confirmaram que o corpo dele foi encontrado na manhã desta quinta-feira (7). O enterro deve ocorrer em Brumadinho, para onde toda a família se dirige.
 
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João, apesar de ter nascido em Belo Horizonte, se mudou para Arenápolis (a 242 quilômetros de Cuiabá) ainda criança, onde viveu por cerca de 20 anos. Atualmente, a única familiar dele que mora em Mato Grosso é sua irmã Janaina Pizani. De acordo com uma das familiares, Gabriela Pizani, o corpo já foi encontrado.
 
“Encontraram hoje, nós estamos indo enterrar ele, lá em Brumadinho mesmo. A Janaina, a única daí de Cuiabá, já está em Belo Horizonte, vai a família toda lá enterrar. Ela só volta para Mato Grosso na semana que vem”, disse.
 
O caso
 
Funcionário administrativo da Vale por 13 anos, João era casado com Rosilene Ozório Mattar, de 48 anos, que também morreu na tragédia. Quando a barragem se rompeu, João Paulo e Rosilene estavam na Vale, local onde se conheceram e acabaram se casando. Apesar de estarem na mesma empresa, os dois atuavam em setores diferentes no momento da tragédia.
 
Um dia após a tragédia, a Vale anunciou que faria uma doação de R$ 100 mil para cada família que perdeu um “ente querido” no rompimento da barragem. Entretanto, Janaina entrou com o pedido para receber a doação, que foi negado.
 
“Primeiro eles falaram que iam ajudar todas as famílias, iriam fazer uma doação. Agora eles falam que irmão não é família. Eles falam que só parentes ascendentes e descendentes, mas na televisão eles não falaram isso. Eles falaram que iam dar essa doação aos familiares. Inclusive, tenho um filho de 12 anos, o qual é dependente do meu irmão. Meu irmão me ajuda com ele”, disse Janaina, irmã de João.
 
Conforme ela, a Defensoria Pública irá montar um processo com todas as famílias que tiveram os pedidos da doação negados.