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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Todos presos

Polícia cumpre 128 mandados contra ex-servidores e engenheiros acusados de fraude de R$ 150 milhões

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto/Ilustração

Polícia cumpre 128 mandados contra ex-servidores e engenheiros acusados de fraude de R$ 150 milhões
A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso cumpre 128 mandados de prisão e 12 buscas e apreensão desde a manhã desta quarta-feira (13), quando foi deflagrada a 'Operação Terra a Vista', com o objetivo de prender pessoas suspeitas de envolvimento em uma fraude ambiental que ultrapassa R$ 150 milhões. Entre os alvos estão engenheiros florestais e ex-servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente.


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Os alvos são representantes legais e operacionais, engenheiros florestais e ex-servidores da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).

A operação intitulada  “Terra a Vista”, é oriunda de inquérito policial conduzido pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), com o  objetivo de investigar uma organização criminosa que atuava na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), fraudando o Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora).

As investigações contaram com apoio da Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), nos procedimentos de análise e auditoria, além do auxílio no trabalho com a vistoria de mais de 70 mil m³  relacionados a empreendimentos alvos do inquérito.

Os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, expedidos pela Juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Mendes, são cumpridos nos seguintes municípios: Cuiabá, Várzea Grande, Alta Floresta, Nova Monte Verde, Apiacás, Paranaíta, Nova Bandeirantes, Peixoto de Azevedo, Guarantã do Norte, Itaúba, Matupá, Marcelândia, Claúdia, Santa Carmem, Ipiranga do Norte , Feliz Natal, Sorriso, Sinop, Juara, Aripuanã, Porto dos Gaúchos, Castanheira, Arenápolis.

O trabalho de apuração começou no ano de 2014, com o auxílio de uma auditoria realizada pelo Ibama, que descobriu um esquema de fraude no sistema na criação de créditos florestais, beneficiando diversas empresas do ramo madeireiro e terceiros (com inserção de dados falsos no sistema).

Muitos créditos circularam para outras empresas gerando Guias Florestais inidôneas, as quais podem ter sido usadas para acobertar operações ilegais, promovendo, em tese, tanto a circulação de produto florestal de origem ilícita, quanto à lavagem dos valores correspondentes a essas mercadorias ilegais (madeiras extraídas ilegalmente, lavagem de dinheiro).

O cumprimento dos mandados de prisão e apreensão é realizado por policias civis da Diretoria de Atividades Policiais, Diretoria do Interior, Diretoria Metropolitana, Diretoria de Inteligência.

A investigação tramita em sigilo de justiça e por conta disso, outros detalhamentos não serão divulgados no momento.

Nota de repúdio 

O Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad) questionou o formato de investigação e emitiu nota de repúdio. Veja a íntegra: 

A diretoria do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad), voltou a questionar o formato das operações de investigação relacionadas ao setor de base florestal. Em especial, a entidade vem a público emitir Nota de Repúdio referente à Operação Terra Vista, deflagrada no último dia 13 de março para desbaratar um suposto esquema de fraudes ambientais que ultrapassaria R$ 150 milhões.
 
Apesar de sempre frisar seu total apoio ao combate à ilegalidade, bem como, a todas as instituições policiais no que tange ao cerceamento da corrupção em todos os setores da madeira, o presidente do Sindusmad, Sigfrid Kirsch, é enfático ao destacar que "as operações ocorrem de forma truculenta, levando à mídia o nome de empresários e, na maioria das vezes, difamando empresas, mesmo antes que haja provas das acusações".

Ele ressalta ainda "somos favoráveis as operações e entendemos que aqueles que trabalham de forma ilícita devem pagar por seus erros. No entanto, somos contrários à forma de fiscalização que denigre o nome de pessoas inocentes".
 
Em nome da diretoria do Sindusmad, o presidente observa também que "além de não se certificar a veracidade das denúncias, também não houve critério razoável para separar aqueles que eventualmente praticaram alguma irregularidade, dos que foram induzidos em erro por terceiros. Não houve o cuidado com as consequências da insensatez".
 


Atualizada às 16h22 e às 10h32 do dia 27 de março. 
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