Pela primeira vez desde o dia 11 de março, quando a Santa Casa anunciou que paralisaria as atividades, sentaram-se à mesa os diretores do hospital filantrópico, Governo do Estado, Prefeitura de Cuiabá, Assembleia Legislativa de Mato Grosso e Tribunal de Contas para buscar uma solução definitiva para a crise no hospital. Após horas de debate, o problema continua sem solução. O secretário de Saúde do Estado, Gilberto Figueiredo, afirmou que a instituição em crise sequer repassou ao poder público um relatório completo das dívidas acumuladas.

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Figueiredo reforça que a Santa Casa é um hospital privado e que o governo não vai simplesmente aportar recursos para a unidade. “Não existe possibilidade que nenhum recurso seja repassado para pagar dívidas de uma entidade privada. Qualquer possibilidade de repasse para socorrer a Santa Casa será efetivada na forma de contratualização desses serviços com a devida prestação de contas”, informou. De acordo com ele, a hipótese de intervenção, pelo menos por enquanto, está afastada.
 
“Ficou muito claro que para que se possa buscar uma solução definitiva para o problema da Santa Casa de Cuiabá, que é uma entidade privada, fechada, há a necessidade que a Santa Casa de forma definitiva abra todas as informações necessárias para que o Governo do Estado, Prefeitura Municipal e Ministério da Saúde tenham conhecimento profundo da situação”, explicou Figueiredo ao término do debate.
 
“O governador encomendou ao diretor da Santa Casa a abertura dessas informações e que apresentasse de forma clara qual é o passivo da dívida existente da Santa Casa e que a Santa Casa proponha um planejamento que possa ser contratualizado com o Governo do Estado, com o Ministério da Saúde através de repasses que são realizados no fundo municipal para a perenidade do serviço da Santa Casa”, completou.
 
O secretário afirma que o Governo já deu sua posição há mais de 20 dias sobre o que precisa para ajudar na solução do problema, mas que até agora o hospital não fez sua parte. “A Santa Casa precisa colocar o pé no acelerador para cumprir com essa tarefa que foi a tarefa encomendada pelo ministro, que foi a tarefa encomendada pelo Governo do Estado através da Secretaria de Saúde e encomendada pelo Município de Cuiabá”.

Figueiredo afirma que Emanuel Pinheiro deixou claro que não tem a intenção de intervir no hospital. “Se trata de uma instituição privada, já existem exemplos de outros municípios em que isso ocorreu e traz um transtorno muito grande, mas não descarta de forma definitiva. Espera-se uma solução amigável para a Santa Casa e que o poder público possa subsidiar tecnicamente nessa solução desde que os seus sócios queiram efetivamente isso”,  explicou.