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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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R$ 3,5 milhões

Funcionários da Santa Casa que recebem até R$ 2 mil serão primeiros beneficiados com dinheiro da AL

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Funcionários da Santa Casa que recebem até R$ 2 mil serão primeiros beneficiados com dinheiro da AL
Os R$ 3,5 milhões que serão disponibilizados pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá serão usados, prioritariamente, para pagar os salários dos funcionários da Santa Casa que recebem até R$ 2 mil. A informação foi confirmada pelo presidente da unidade, Dr. Carlos Coutinho, em entrevista ao Olhar Direto. O montante é referente à sobra de caixa da Casa de Leis.


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A quantia foi definida em reunião da Mesa Diretora da Assembleia ocorrida na tarde de quarta-feira (3). Botelho explicou que o dinheiro está disponível, todavia a Casa de Leis não pode fazer uma transferência direta para o filantrópico.
 
O deputado também afirmou que já entrou em contato com o secretário de Saúde, Luiz Antônio Possas de Carvalho, e com a direção do hospital, para que seja viabilizado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público, para que o recurso chegue à conta da Santa Casa.
 
“Ficou algo em torno de R$ 3,5 milhões, mas a Assembleia não tem caminho legal para repassar este recurso. Temos que repassar através do Estado, que manda para prefeitura e que assim vai para Santa Casa”, afirmou Botelho antes de reunião com prefeitos e com o governador Mauro Mendes (DEM) no início da tarde desta quinta-feira (4).
 
O presidente da Santa Casa disse que existem funcionários que estão há muito tempo sem receber. “Resolvemos primeiro começar com as pessoas que ganham até R$ 2 mil. Mandamos uma lista com o nome de todos para a Assembleia Legislativa. Isso é uma parte. Além disto, temos a necessidade de fazer um plano imenso técnico. Nele consta o que estamos fazendo, como iremos recuperar a unidade, tem que ter tudo detalhado”.
 
Coutinho ainda comenta que negocia com os médicos da Santa Casa, que estão há dez meses sem receber, para um abatimento na dívida. A proposta é para que eles possam doar uma parte para a própria unidade filantrópica, para que isto seja, posteriormente, abatido no imposto de renda deles. As tratativas estão acontecendo, mas ainda não há uma sinalização de que seja concretizado.
 
“Todos estes escândalos foram horríveis para o hospital. Tivemos uma redução grande nas doações. Por isso eu digo, nós estamos de portas abertas, venham aqui, vejam o trabalho que nós fazemos. Não pode condenar a Santa Casa por outras administrações. A instituição é muito maior que qualquer pessoa. Os pacientes precisam do atendimento”, comentou o novo presidente.
 
Segundo o novo presidente, uma das formas de conseguir equilibrar as contas é aumentar a quantidade de atendimentos particulares. Até seu fechamento, 95% dos casos tratados eram através do Sistema Único de Saúde (SUS), que possui uma tabela que não é atualizada há mais de dez anos.
 
“É preciso entender que saúde não tem preço, mas a medicina tem custo. Hoje o SUS paga muito mal. Além disto, o hospital e o médico só recebem depois de três meses, porque existe toda uma burocracia. Para equilibrar as contas, precisamos atender mais particular. Pouca gente sabe, mas aqui nós temos uma equipe maravilhosa, de profissionais muito competentes, um dos melhores centros cirúrgicos do Estado, aparelhos de última geração”, comentou o presidente.
 
Coutinho deu como exemplo a gestão da Santa Casa de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. “Lá, eles faturam R$ 15 milhões com 60% do SUS. Com os 40% de atendimentos no particular, o faturamento é de R$ 45 milhões. Isso, junto com as doações do Estado, campanhas e emendas ajuda a sobreviver”.

Em março deste ano, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) recebeu requerimento da Câmara Municipal que solicita a intervenção, via requisição administrativa, na Santa Casa de Cuiabá, que fechou as portas no dia 11 de março, em razão de dívidas com fornecedores e trabalhadores.

A direção da Santa Casa paralisou os atendimentos no dia 11 de março. A Prefeitura de Cuiabá pontuou que foram repassados R$ 24,8 milhões para a instituição, mas os serviços hospitalares que deveriam ser oferecidos aos cidadãos não foram executados.
 
Em relação aos R$ 3,6 milhões que o Poder Executivo se comprometeu em ajudar a unidade como forma de adiantamento em troca de serviços, não foi repassado por conta de notificação da Controladoria Geral do Estado recomendando que não fosse feito nenhum repasse em função de uma investigação da Delegacia Fazendária.

Desde o fechamento da unidade hospitalar, os pacientes oncológicos e nefrológicos foram transferidos para o Hospital de Câncer e Hospital Geral da União (HGU). Entretanto, não foi liberado prontuário para que eles fossem regulados para os outros hospitais, e os pacientes continuam sendo tratados na unidade.
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