O senador Wellington Fagundes (PR) afirmou que uma possível interrupção no mandato da colega Selma Arruda (PSL) e a entrada de outro parlamentar através de nova eleição poder ser prejudicial para Mato Grosso, por conta do relacionamento que a juíza aposentada já vem criando no Congresso Nacional.

Leia também
Taques lembra que cassação de Selma cabe recurso e diz que não trabalha com hipóteses

“Estamos tendo um excelente relacionamento em nosso trabalho conjunto. A coisa está começando a funcionar e quando você faz um processo de interrupção, principalmente no caso do Senado, desestabiliza a bancada. Para nós seria melhor que ela concluísse o mandato”, disse o senador ao comentar a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

O parlamentar, no entanto disse que as leis eleitorais precisam ser respeitadas e que se houve irregularidades, a justiça tem o dever de reparar o erro cometido.

“Vivemos em uma democracia. A população votou, escolheu. Quando você cassa alguém que foi eleito pela grande maioria, isso não deixa de ser um trauma. Agora nós temos as legislações eleitorais e todos nós somos obrigados a seguir regras. Se houve algum erro, cabe a justiça definir. O TRE definiu pela maioria absoluta e ela tem direito a recorrer”, afirmou.

O TRE-MT cassou os mandatos da senadora Selma Arruda e de seus suplentes nesta quarta-feira (10), por omitirem da Justiça Eleitoral despesas de R$ 1,2 milhão na campanha de 2018, configurando abuso de poder econômico e caixa dois. O desembargador Pedro Sakamoto, relator do caso, também votou por nova eleição para o cargo, o que foi acompanhado pelos demais juízes.

O ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD), assim como o ex-deputado federal Adilton Sachetti (PRB) já manifestaram o interesse em disputar uma nova eleição, caso Selma não consiga reverter a determinação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).