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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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​NEGOU CONFLITO

Diretor da PJC diz que retirou delegado de investigação da Grampolândia para evitar 'prejuízo à imagem'

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Diretor da PJC diz que retirou delegado de investigação da Grampolândia para evitar 'prejuízo à imagem'
O diretor da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, Mário Demerval, negou qualquer conflito envolvendo o delegado Rafael Mendes Scatolon, que foi retirado das investigações sobre a “Grampolândia Pantaneira”. A decisão veio após circulação de uma foto onde Scatolon aparece junto a outro delegado que pode ser indiciado, o ex-secretário Gustavo Garcia. Demerval disse que a mudança ocorreu para que seja preservada a imagem dos delegados.

 
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A princípio, a Polícia Civil afirmou que a decisão de realocação do delegado foi tomada pela Diretoria Geral da Polícia Civil, devido à carência de delegados na Delegacia Fazendária, após saída o delegado Marcelo Martins Torhacs, que foi para o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). O diretor da PJC negou que a mudança veio em decorrência de conflitos.
 
“Não existiu absolutamente nada disso, infelizmente, por conta de uma fotografia acabou se criando um cenário totalmente equivocado, com uma imagem onde diversos delegados aparecem enfileirados, cada um em uma extremidade, isto não quer dizer absolutamente nada, tentaram denegrir a imagem do colega, tentaram macular a imagem dele como se houvesse algum tipo de relação que pudesse prejudicar a investigação, isso nunca procedeu, e a Polícia Civil, do início ao fim, sempre confiou no profissional e continuamos confiando, até porque ele foi para uma das delegacias mais importantes do Estado”, disse o diretor.
 
Ele disse que até o momento nenhum convite foi feito a outro delegado e as investigações da Grampolândia continua apenas com as duas delegadas que já faziam parte da equipe, Luciana Batista Canaverde e Jannira Laranjeira Siqueira Campos. O diretor ainda negou que o ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, interferiu na escolha da equipe e disse que a mudança foi motivada pela intenção em preservar a imagem dos delegados.

 
“Não procede e detalhes da investigação não cabem a mim explicitar, eu sou um tomador de decisão e a gente só monta as equipes considerando as requisições feitas pelo Poder Judiciário, e na realidade o que se buscou com a mudança foi que a investigação seguisse de uma maneira harmônica sem que houvesse nenhum tipo de prejuízo à imagem dos delegados”.
 
Ele ainda defendeu o delegado Rafael Scatolon, dizendo que é extremamente qualificado e competente, e que tem o perfil que a Polícia Civil busca para a Delegacia Fazendária. O diretor também negou o boato de que teria sido afastado para que a decisão da mudança ocorresse.
 
“A definição da mudança na equipe foi minha, tomada em conjunto com o delegado que me substituía na ocasião, porque eu estava em reunião com os chefes nacionais de polícia na Bahia, e surgiram até informações de que eu estaria afastado para que a decisão fosse tomada, mas isso não procede, e na realidade hoje nós enfrentamos um déficit de efetivo considerável e como há interesse de reforço na Delegacia Fazendária, nós vimos este momento como oportuno e conveniente para a Instituição, para que acontecesse este reforço”.
 
“Então tudo isso não passou de boato e a Polícia Civil segue tranquilamente os seus trabalhos, a equipe que toca o inquérito relacionado aos grampos telefônicos, trabalhando de maneira muito forte, a equipe não é só constituída por delegados, é constituída por investigadores, escrivães, e ela permanece trabalhando de uma maneira muito concisa e o Dr. Rafael segue para a Delegacia Fazendária onde ontem se realizaram trabalhos consideráveis e nos próximos dias teremos também mais trabalhos que deverão dignificar ainda mais o nome da instituição da Polícia Civil”, disse.
 
Delegado investigado
 
As investigações apontaram que Gustavo Garcia teve participação na obtenção do depoimento da delegada Alana Cardoso, que contou ter sido constrangida em uma oitiva ilegal feita por Gustavo e pelo ex-secretário de segurança, Rogers Jarbas. O fato teria ocorrido no fim de maio do ano retrasado.
 
Gustavo teria feito várias ligações para a delegada. Segundo Alana, o discurso era de que ele queria reatar a amizade que tinha com ela. Porém, quando chegou, cabou sendo coagida a depor sobre os, de forma ilegal e sem nenhum procedimento instaurado. Isto leva a delegada a crer que o novo gestor da pasta foi primordial para a ida da policial até a secretaria.
 
Para convencer a delegada a ir até a secretaria, Gustavo teria utilizado uma técnica aprendida em curso de inteligência, quando realizou os telefonemas pré-ordenados e em dias consecutivos. A ação é denominada de ‘recrutamento’. Conforme Ana Cristina Feldner, o delegado já até ministrou um curso de quatro meses sobre essa área, no Estado do Rio de Janeiro.
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