O presidente do Sindicato dos Médicos em Mato Grosso, Luiz Carlos Alvarenga, entrega, neste momento, o documento com a decisão de demissão em massa por parte dos médicos que prestam serviços  ao SUS (Sistema Único de Saúde) de Cuiabá, ao prefeito Wilson Santos (PSDB). Ao todo, 27 cirurgiões do PSM (Pronto Socorro Municipal) e 15 médicos do Program de Saúde Familiar deixarão o quadro de funcionários da capital.

A decisão está sendo protocolizada hoje (28), mas apenas terça-feira (01) ,será entregue o documento oficial de desonerarão e demissão dos médicos. Juntamente com o ato contará com uma passeata pacifica de manifesto, que partirá de frente ao PSM e terminará na Praça Alencastro.

Segundo o presidente do sindicato, “a decisão é uma resposta à situação lamentável e caótica em que se encontra a saúde, não só em Cuiabá, mas em todo Mato Grosso”.

No documento da decisão, os médicos denunciam a falta de insumos para o trabalho, estrutura médica precária e o autoritarismo do secretário Luiz Soares, que comanda a pasta de Saúde desde o primeiro mandato de Wilson Santos. Segundo médicos, a relação entre o secretário e os funcionários da área nunca foi estável.

Contudo, outros dois pontos foram cruciais para a decisão dos 33 médicos. Uma delas é a portaria nº16 da Secretária de Saúde, que estabelece normas questionáveis para o recebimento de um incentivo salarial pago com recursos do governo estadual. O outro motivo foi a declaração pública de Luiz Soares de que os médicos estavam ‘tirando um por fora’ para lecionar a estagiários.

Estágios

Não bastasse o pedido de demissão em massa, a Secretária de Saúde sofre com protestos de estudantes de medicina. Impedidos de estagiarem após uma portaria de autoria de Luiz Soares, os universitários estão impedidos de contabilizar as horas de estágio curricular para concluir o curso.