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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Notícias | Economia

Justiça do Trabalho marca audiência com Embraer e sindicatos

O Tribunal Regional do Trabalho de Campinas agendou para o próximo dia 5 de março uma audiência de conciliação entre a Embraer e as entidades sindicais para analisar as mais de 4.200 demissões realizadas pela empresa na semana passada.


Representantes das centrais Força Sindical e Conlutas informaram nesta quinta-feira que protocolaram uma ação de dissídio coletivo para pedir a anulação das demissões. A ação foi protocolada no Tribunal Regional do Trabalho de Campinas.

Na ação, as entidades sindicais argumentam que a Embraer ignorou os sindicatos e não estabeleceu nenhum tipo de negociação antes de oficializar a demissão em massa.

As centrais alegaram ainda que a empresa tem alta lucratividade, o que poderia, na opinião deles, evitar as demissões no momento de crise.

No dia 2 de março deve ocorrer uma audiência de mediação entre a Embraer e representantes dos funcionários, agendada pelo Ministério Público do Trabalho, para discutir a demissão de 4.200 funcionários anunciada na semana passada. A audiência atende a representação registrada pelo sindicato para pedir que as demissões da Embraer sejam anuladas.

A Embraer alegou que os efeitos da crise financeira internacional são os responsáveis pela queda das encomendas, o que gerou a necessidade de demissões.

O corte representa cerca de 20% do efetivo de 21.362 empregados, e se concentram na mão-de-obra operacional, administrativa e lideranças, incluindo a 'eliminação de um nível hierárquico de sua estrutura gerencial.

A Embraer também revisou suas estimativas para 2009. A empresa calcula entregar 242 aeronaves no período (ante 270 na previsão anterior), com uma receita prevista de US$ 5,5 bilhões (ante US$ 6,3 bilhões). Por conta da redução da estimativa de receita, a empresa refez sua previsão de investimentos para US$ 350 milhões neste ano (ante US$ 450 milhões).

Nesta sexta-feira (27), o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Adilson dos Santos, o Índio, se reúne com o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, para discutir as demissões da Embraer.

Os sindicalistas defendem que o BNDES poderia intervir na situação, por ter concedido financiamentos à empresa e por ser acionista minoritário, com cerca de 5%. O banco, no entanto, já indicou que não há cláusulas nos contratos com Embraer que proíbam os cortes. 

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