A assessoria de imprensa da presidência da República informou nesta quarta-feira (18) que o avião reserva usado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para retornar dos Estados Unidos apresentou problemas mecânicos e teve que fazer um pouso “brusco” em Brasília na madrugada da terça-feira (17). Contudo, a assessoria assegura que não houve qualquer risco à segurança do presidente.
O primeiro avião, um Airbus 319, conhecido como Aerolula, sofreu avarias na porta quando Lula e misnitros já estavam a bordo. Elas foram provocadas, segundo a assessoria, por um problema do carro que suportava a escada usada para que os passageiros entrassem no avião.
Segundo a assessoria, o estrago na porta, que não fechava, impediu o voo para o Brasil. Lula, então, trocou o Airbus por um Boeing 737, conhecido como sucatinha e adquirido há mais de 40 anos.
Essa aeronave é usada normalmente pelo escalão avançado da presidência (Scav), que prepara a chegada do presidente no seu destino. Na ida para Nova Iorque, segundo a assessoria, esse problema nos flaps já havia ocorrido, mas não se manifestou novamente nos testes feitos nos dias seguintes.
Com autonomia de voo menor do que o Aerolula, o presidente partiu de Nova Iorque em direção a Trinidad e Tobago, onde o sucatinha foi reabastecido. Segundo a assessoria, o pouso e a decolagem naquele país não apresentaram problemas.
Porém, pouco antes de pousar em Brasília, o piloto percebeu que os flaps não respondiam. Os flaps são usados para reduzir a velocidade do avião ainda no ar e permitir que, no pouso, o piloto não precise parar a aeronave apenas usando os freios e os reversos.
Ao perceber o problema, o piloto avisou os ministros, assessores, e o presidente que todos deveriam usar o cinto de segurança e que o pouso seria mais brusco.
Ao pousar, o avião precisou de mais espaço para parar e foi acionado um dispositivo nos pneus da aeronave que começa a esvaziá-los para evitar que o superaquecimento provoque uma explosão no trem de pouso.
Apesar da manobra brusca, os assessores disseram que não houve apreensão entre os passageiros e nem pânico. Ao sair da aeronave o presidente só notou o esvaziamento dos pneus, mas não comentou as falhas dos aviões. Segundo a assessoria, o sucatinha tinha passado pela última manutenção em fevereiro deste ano.
Nos EUA
Nos Estados Unidos, Lula teve no sábado (14) seu primeiro encontro com o presidente Barack Obama desde a posse do norte-americano. A reunião foi pautada pela crise econômica e sobre as relações comerciais entre os dois países.
Nesta segunda, o presidente participou de seminário em Nova York. Após falar a empresários e economistas, Lula disse que as regras da caderneta de poupança no Brasil podem mudar para proteger o pequeno investidor.
Com a expectativa de futuras quedas da taxa Selic, hoje em 11,25% ao ano, os títulos do governo brasileiro e os fundos de renda fixa podem se tornar menos atrativos do que a poupança, que rende TR mais 6% ao ano. Com isso, um grande número de investidores poderia migrar para a caderneta.
"Vamos sentar para ver como ela (a poupança) vai ficar. Nós já mexemos há dois anos. Já mexemos porque tinha gente que tinha muito dinheiro que queria colocar na poupança. Nós mexemos para garantir a poupança apenas para os pequenos poupadores, para quem precisa da poupança", ressaltou.
