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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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operação Fraus

125 são indiciados por esquema que movimentou R$ 500 mil em fraudes na emissão de CNH

Foto: Internet

125 são indiciados por esquema que movimentou R$ 500 mil em fraudes na emissão de CNH
Um total de 125 pessoas envolvidas em esquema de fraudes na obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) foram indiciadas na operação batizada como Fraus e foi concluída após um ano e três meses pela delegacia de Barra do Garças (516 km de Cuiabá).  Entre os indiciados estão servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT).


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A Polícia Civil informou que foram indiciadas 18 pessoas relacionadas a centros de  formação de condutores (donos, recrutadores e agenciadores), 78 candidatos, 2 recrutadores que aliciavam diretamente os candidatos (sendo um servidor do posto do Detran de Uruana (GO) Goiás e outro de Barra do Garças (MT), 4 instrutores, 18 agentes públicos que autuavam como fiscais examinadores do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran), 1 psicóloga e outras 4 pessoas que colaboraram com o esquema criminoso.  

Ainda conforme a Polícia Civil, todos irão responder por vários crimes de corrupção passiva, ativa, formação de bando e quadrilha (atual crime de associação criminosa), falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistemas, estelionato, dentre outros. 

A  estimativa é de que o  esquema possa ter movimentado mais de R$ 500 mil, levando-se em conta que os valores variavam entre R$ 300 a R$ 5 mil, para a obtenção da CNH, e o tempo que a prática criminosa era articulada na região. 

Ao longo da investigação, a Polícia Civil comprovou que a fraude na emissão de  carteiras de habilitações ocorria por meio de condutas ousadas como endereços residenciais  forjados para legitimar que os candidatos fizessem as provas no reduto em que operava o esquema, fora do domicílio legal dos mesmos, contrariando o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).  

A quadrilha também inseria fatos inexistentes ou inverídicos em documentos como  exame psicotécnico, médico, aulas teóricas e práticas jamais ou dadas aquém ou em descompasso do exigido por lei. "Ainda sim documentos da emissão da habilitação eram confeccionados como se o candidato tivesse atingido todos os requisitos", destaca o delegado Joaquim Leitão. 

Outras fraudes como inserção de resultados oficiais inverídicos, de fatos inexistentes ou divergentes da realidade da prova do candidato [que deveria ter sido reprovado] ou até mesmo de candidato ausente nas provas, que mesmo assim tinha o nome na lista de aprovado, também ocorriam descaradamente. 
A Polícia Civil também comprovou que pessoas que integravam o esquema criminoso faziam provas no lugar dos verdadeiros candidatos, dentre outros artifícios criados pelo grupo.  

Para o delegado Joaquim Leitão, coordenador da operação e das investigações, é necessário uma atuação constante dos órgãos competentes para neutralizar essa prática nociva. "Essas pessoas inserem nas vias públicas condutores sem aptidões no trânsito, colocando em risco toda higidez e incolumidade da pessoa de bem", frisa.

O delegado ainda apontou que o particular número de acidentes ocorridos em Barra do Garças e região certamente pode ter correlação com condutores despreparados que se valeram do esquema criminoso. 

O esquema funcionava da seguinte maneira: o candidato procurava recrutadores, proprietários, colaboradores ou responsáveis por Centros de Formação de Condutores, pagavam pela CNH, e corrompidos agentes públicos fraudavam o resultado das provas, com emissão da CHN ao candidato, que não realiza as provas teóricas e práticas, ou quando realizavam contava com ajuda dos fiscais que indicavam as respostas corretas, uma vez que não havia filmagens nos locais de prova.  

O chefe do esquema, segundo a assessoria da PJC,  seria Valdimar Tomaz dos Santos, servidor do Detran de Uruana, em Goiás, e o articulador Yuri Moreira e Silva, sócio de uma autoescola em Araguaina, no Estado de Mato Grosso, que as investigações descobriram que está em nome do filho de Valdemar.  

Juntos, a investigação aponta,  eles montaram um  esquema para ganhar dinheiro fraudando o processo de obtenção da CHN, para beneficiar candidatos, sendo a maioria analfabetos. O delegado Joaquim Leitão explicou que o documento da CNH é autentico, mas adquiridos por meios fraudulentos.  

O inquérito policial conta com mais de 80 volumes, inclusive com apensos contendo cada volume 200 laudas. O caderno investigativo com os seus volumes e apensos possuem mais de 13 mil laudas. O relatório final contabilizou 1.072 páginas  



 
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