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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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AGU é acionada para definir suspensão de despejo na Suiá-Missú

Foto: Agência Senado

AGU é acionada para definir suspensão de despejo na Suiá-Missú
Ficou a cargo do vice-presidente da República, Michel Temer, fazer a interlocução entre a presidente Dilma Rousseff e os mato-grossenses Cidinho Santos, deputados Carlos Bezerra (federal) e Baiano Filho (estadual), pela solução ao conflito na gleba Suia-Missú.


Valtenir defende MP como solução para suspender despejo de famílias

Na noite passada, ao ser acionada para intervir na região do Araguaia em Mato Grosso - onde há pelo menos 17 anos índios e não índios brigam pela posse da reserva Marãiwatsédé-, a presidente pediu aos parlamentares e ao governador Silval Barbosa que aguardassem um posicionamento oficial do Planalto até esta terça-feira. Mas, de acordo com Temer, o Executivo ainda estuda uma forma de impedir o despejo imediato de aproximadamente 5 mil famílias que ali residem.

A próxima reunião acontece hoje (31) na Advocacia Geral da União (AGU). Caberá então, ao ministro Luiz Inácio Adams transmitir o veredito final da solicitação já que, a mesma foi feita primeiramente ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Ayres Brito – ainda na semana passada -, e o ministro disse ‘não poder atender o referido pedido sem o aval da presidente da República’.

“Esperamos que a AGU, e até mesmo a presidente Dilma, tenham sensibilidade em entender a gravidade da situação. Estamos muito preocupados com o caos civil que pode ser instalado na Suiá-Missú com o despejo dessas famílias que ali residem há mais de 30 anos”, alertou o senador Cidinho Santos.

A situação se agravou com a chegada, na última sexta-feira (26.10), de 22 caminhões do Exército Brasileiro para despejo dessas famílias na reserva Marãiwatsédé. Prevendo a eminência de um derramamento de sangue, o senador já havia recorrido ao Supremo Tribunal Federal dias antes (quarta-feira, 24.10).

“São pequenos produtores que estão ali há décadas, e não têm para onde ir. Estamos falando de moradias, comércios, crianças e jovens com um futuro pela frente. É uma questão muito séria e não podemos desabrigar essa população da noite para o dia ainda mais dessa forma”, disse.
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