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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Acusado de mandar matar a mulher é condenado por tráfico em Cuiabá

Damião Rezende foi condenado a dez anos de prisão por tráfico de drogas.

Réu é acusado de mandar matar a mulher em novembro de 2011.

A Justiça condenou a 10 anos de prisão, por tráfico de drogas, Damião Francisco de Rezende, acusado de ter mandado matar a mulher, a empresária Ângela Cristina Rezende, em novembro de 2011, em uma simulação de assalto à residência do casal. A decisão é do juiz Gonçalo Antunes de Barros Neto, da 9ª Vara Criminal Especializada em Delito de Tóxico de Cuiabá. O G1 não conseguiu entrar em contato com a defesa do réu.

Além de Damião, outros dois réus foram condenados a nove anos de prisão por tráfico – os dois também são acusados de terem matado a empresária e devem ir a júri popular nesta quarta-feira (20), no Fórum de Cuiabá, pelo homicídio. Os três estão presos e deverão permanecer dessa forma, conforme determinação do juiz.

Conforme a denúncia do MPE, os réus mataram Ângela Cristina a mando de Damião e, depois, transportaram para casa uma mala com 13,5 quilos de cocaína que estava na residência do marido da empresária, com o consentimento dele. A droga seria para comercialização. A morte da vítima teria sido encomendada depois que ela descobriu o envolvimento do esposo com o tráfico.

Na decisão, o juiz argumenta que a culpa dos acusados é "incontestável e reprovável", porque eles sabiam que o que estavam fazendo era ilegal. O magistrado também cita na decisão a apreensão de materiais e produtos usados para a fabricação de entorpecentes.

Júri popular

Devem sentar no banco dos réus para julgamento nesta quarta-feira (20) três dos cinco acusados pela morte da empresária. Além dos dois que foram condenados por tráfico, enfrenta ainda o júri popular o acusado de ter intermediado a contratação da dupla para matar Ângela Cristina. A defesa dos acusados afirma que o crime foi um latrocínio - roubo seguido de morte.

Conforme a denúncia do Ministério Público estadual (MPE), o marido de Ângela contratou um dos réus e pagou, antecipadamente, R$ 1,5 mil. O restante seria pago depois do assassinato. Os acusados teriam recebido ainda o aval do dono da casa para levar eletrodomésticos, joias e veículos. Um dos denunciados afirma que o esposo de Ângela lhe pagou R$ 3 mil para cometer o crime. Pela informação, o acusado acabou recebendo o beneficio da delação premiada.

Os processos do marido da vítima e de outro réu no caso - que confessou em depoimento à Justiça ter ganhado um computador por ter ajudado a dar 24 facadas na empresária - foram desmembrados. Ainda não há data para o júri de Damião.

O crime

Segundo o MPE, o marido de Ângela entregou um controle remoto do portão da casa onde vivia com a mulher, no bairro Jardim Presidente, na capital, para um dos acusados. E disse que ele não precisava se preocupar com a câmera de segurança porque o aparelho estava com defeito.

Damião também teria deixado a porta da casa aberta para facilitar a entrada dos criminosos. Dois deles entraram, pegaram facas na cozinha e foram até o quarto onde Ângela estava deitada. Um deles a acordou, ordenando que ela calasse a boca para que "ninguém saísse machucado". Então, a dupla amarrou as mãos dela com um cadarço de tênis e a imobilizou. Depois, os criminosos recolheram os objetos e levaram até o carro. Um deles ficou vigiando a vítima.

Com a faca em punho, um deles questionou se iriam matá-la e o outro respondeu: 'Esse é o serviço'. Em seguida, começaram a esfaquear a empresária. Enquanto Ângela agonizava, um dos criminosos segurou o pescoço dela para que o outro desse o 'golpe de misericórdia', 'consumando, assim, o crime, praticado mediante meio cruel', diz a denúncia do MPE.
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