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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Adjunto de Direitos Humanos pede investigação enérgica contra PMs

Foto: Jardel P. Arruda/Olhar Direto

Adjunto de Direitos Humanos pede investigação enérgica contra PMs
A Secretaria de Estado de Direitos Humanos deve enviar, ainda na manha desta quinta-feira (7), um ofício à Secretaria de Estado de Segurança Pública para exigir uma investigação e a tomada das medidas necessárias contra os policiais militares responsáveis por suposto abuso de poder e uso excessivo de força na ação de desbaratar um protesto pacifico de estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).


Polícia Militar prende advogada da Adufmat e criminalista (atualizada - fotos)
Seis alunos da UFMT são presos e mais de dez ficam feridos em confronto com a PM (Veja vídeo)

“Amanhã de manhã vamos enviar um documento à Secretaria de Segurança Pública para pedir uma investigação energética e que todas as medidas cabíveis sejam tomadas”, afirmou o secretário adjunto de Estado de Segurança Pública, Valdemir Rodrigues Pascoal, em entrevista ao Olhar Direto na noite de quarta-feira (6), ainda no Cisc Planalto, onde atuou como um mediador entre os vários conflitos entre as autoridades policiais e advogados, além de garantir um primeiro apoio do Estado ao estudantes.

De acordo com ele, é impossível negar que foi empregado o uso de força excessiva na ação dos policiais da Rotam. “Se eu disser que não (abuso de força) vou estar mentindo. Os alunos estão todos machucados. Tem uma moça com a mão quebrada. Ela vai precisar de cirurgia. Fora a agressão aos advogados aqui dentro do Cisc. É de se ficar horrorizado”, disse o representante da Secretaria de Direitos Humanos.

O confronto entre a os policiais e os estudantes aconteceu na tarde de quarta-feira, no cruzamento entre a avenida Fernando Correa e a Rua 1 do Boa Esperança, quando os policias da Rotan tentaram dispersar o protesto dos estudantes contra a decisão da Reitoria da UFMT de supostamente despejar 50 alunos da Casa do Estudante Universitário.

A PM alega ter revidado porque os alunos não queriam liberar o fluxo de veículos, impedindo ambulâncias de transitarem por lá. Contudo, dezenas de testemunhas presentes contam um versão diferente. Os policiais teriam dado 15 minutos para os estudantes liberarem as ruas, mas devido a negativa dos manifestantes teriam começado a atirar a queima-roupa contra os alunos.

Um total de seis alunos foram presos e pelo menos 10 foram parar no Ponto-Socorro para serem atendidos devido a ferimentos dos disparos de bala de borracha. Entre os próprios alunos presos estavam alguns dos mais feridos, tendo um deles sofrido 14 ferimentos de disparos, todos na região esquerda do tórax.

Mão quebrada, imagem na net

A aluna a quem ele se referiu é Bruna Matos, uma estudante da UFMT que sofreu uma fratura média na mão esquerda devido ao disparo de um tiro de bala de borracha de um policial da Rotam. Depois de ser operada, ela ainda deve precisar passar por fisioterapia a fim de retomar a habilidade natural.

Ela é a mesma aluna que aparece sendo ameaçada por um policial enquanto tentava gravar imagens do confronto dos alunos com a Rotam. Na gravação em questão é possível ouvi o policial falar “Para de filmar ou vai levar na cara”, enquanto aponta uma escopeta na direção dela.

Apesar de ameaçada, ela conseguiu fazer imagens da captura de vários alunos, nas quais é possível observar que foram presos de forma truculenta, sem oferecer reação, quando o protesto já estava disperso e ninguém mais fazia qualquer coisa para impedir os policiais. Os vídeos já populam a internet e geraram um movimento de revolta nas redes sociais.
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