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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Advogados investigados pelo MPF devem ser afastados, diz Taques

Foto: Lucas Bólico - OD

Advogados investigados pelo MPF devem ser afastados, diz Taques
“O presidente da OAB, Claudio Stábile, tem que ter a decência de adotar a mesma postura que ele prega quando outras autoridades são investigadas. Não há alternativa que não seja ele se afastar do cargo”.

 
A declaração é do advogado Paulo Taques e refre-se às investigações do Ministério Público Federal (MPF) que apuram o envolvimento de cinco advogados que compõem a atual direção da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional de Mato Grosso (OAB-MT) em suposta irregularidades na simulação de concorrências públicas desde 2008 para prestação de serviços à Fundação Uniselva, ligada à UFMT.

Taques lembrou que recentemente, ao se manifestar sobre o afastamento do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Humberto Bosaipo, Stábile defendeu que todas as autoridades investigadas por supostos envolvimentos em esquemas fraudulentos devam ser afastadas dos respectivos cargos. O advogado cobra agora a mesma postura do presidente da Ordem.

“Ele (Stábile) está sendo acusado de um crime seríssimo, até porque implica no exercício da advocacia, então gostaria de saber até quando ele vai permanecer nesse silêncio covarde e não vai se manifestar sobre o assunto como ele vem se manifestando sobre outras autoridades públicas”, questionou Taques, durante entrevista ao Olhar Direto.

O MPF investiga o suposto direcionamento de algumas licitações da Uniselva para escritórios de advogados ligados ao conselheiro Federal Francisco Faiad. Além do ex-presidente da OAB, também são investigados o atual presidente Claudio Stábile, o secretário geral Daniel Teixeira, a secretária adjunta Fabiana Curi e o presidente da Comissão do Jovem Advogado (Cojad) da OAB-MT, Bruno Castro.

Sobre as acusações do conselheiro Federal, de que as investigações não passariam de uma articulação da oposição vislumbrando as eleições da Ordem para este ano, Taques criticou a postura do colega ao afirmar que o discurso de jogo da oposição de Faiad atenta contra a independência e seriedade do MPF e da Polícia Federal

. “Isso não passa de uma desculpa esfarrapada, ele (Faiad) deveria se explicar e não dizer que a oposição está influenciando as duas instituições”. Essas instituições, segundo Taques, são respeitadas e têm grande credibilidade junto à sociedade, e a oposição da OAB-MT não tem qualquer poder de influenciá-las por conta de política, "Faiad deveria respeitar a inteligência dos advogados e da sociedade", disse ele.

Além de defender o afastamento, Taques também cobrou explicações da OAB sobre outras possíveis licitações que os escritórios investigados tenham participado e quais advogados teriam ganhado os processos licitatórios.

“A história da OAB não merecia essa mancha”, afirmou.

Leia:

Faiad atribui investigação do MPF a jogo político da oposição na OAB

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