Estado tem atualmente 35 regiões com trabalho de erradicação da praga.
Apenas um dos 16 municípios não existe incidência da mosca

O combate à mosca da carambola teve aumento de áreas de monitoramento no Amapá, em 2014. A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Diagro) criou duas novas rotas para erradicar a praga em Macapá e Santana. Ao todo, 35 áreas são inspecionadas em 15 municípios do estado. Apenas em Vitória do Jari, a mosca da carambola está erradicada desde o início de junho, quando a cidade alcançou 328 dias sem ocorrência da praga.

A capital amapaense é a cidade onde existe mais áreas de monitoramento da mosca da carambola, com 21 rotas na áreas urbana e rural. Em Santana, há sete regiões sob controle da Diagro. Os demais municípios têm uma rota de inspeção, cada.

De acordo com o chefe de defesa vegetal da Diagro Charles Ferreira, o Amapá é o único estado brasileiro com incidência da mosca da carambola. O problema forçou o Ministério da Agricultura proibir desde 2001 a exportação amapaense de 30 frutos considerados hospedeiros, a exemplo de manga, carambola, laranja e jambo.

A primeira aparição da mosca foi registrada em 1996 em plantações de Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá. A praga consegue viver cerca de 126 dias e produz em média de 1,2 mil a 1,5 mil ovos durante o tempo de vida.

No Amapá, a atuação de combate à mosca da carambola acontece em parceria entre a Diagro e a Superintendência Federal de Agricultura no Amapá (SFA/AP). O trabalho para erradicar a praga é realizado com fiscalização e educação sanitária, além do monitoramento das regiões catalogadas, com utilização de armadilhas para matar a praga.

"Antes o combate acontecia a cada 30 dias, com visita dos técnicos nessas comunidades com incidência. Mas agora, com a parceria, o trabalho de erradicação é permanente", comentou Charles Ferreira, da Diagro.