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Sábado, 20 de abril de 2024

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Após 'cachoeira preta', outro rio de Salto fica coberto por espuma rosa

Foto: (Foto: Divulgação / Jornal Estância)

Espuma rosa é vista em trecho do rio Jundiaí que passa por Salto

Espuma rosa é vista em trecho do rio Jundiaí que passa por Salto

Um trecho do rio Jundiaí que passa na cidade de Salto (SP) amanheceu coberto por uma espuma rosa na manhã de quinta-feira (4). O registro foi feito por uma comissão de vereadores que investiga o possível descarte irregular de indústrias químicas próximas ao local. Segundo o vereador Edemilson Santos, a espuma ainda pode ser vista nesta sexta-feira (5), no trecho próximo ao bairro Olaria.

O registro foi feito uma semana após a água de outro rio que passa pela cidade, o Tietê, ficar preta.

De acordo com Edemilson, a espuma rosa não possui cheiro forte, mas a situação não é inédita. “Esta não é a primeira vez que isto acontece. Ela tem uma viscosidade de tinta e até as pedras próximas ao local estão tingidas de cor-de-rosa”, relata.

A espuma se concentra em um trecho de pedras do rio e é possível ser vista, mesmo que em menor intensidade, por cerca de um quilômetro, segundo o vereador.

A imagem foi flagrada durante uma vistoria de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) criada para apurar irregularidades e crimes ambientais no rio Jundiaí pelas empresas instaladas no município. “Nós encontramos uma tubulação submersa, que só pode ser vista quando o nível do rio está baixo, despejando os resíduos neste trecho. Por isso, acreditamos que este seja o motivo da espuma colorida. Não é normal vermos isto neste trecho do rio”, afirma.

A reportagem do G1 entrou em contato com a Secretaria do Meio Ambiente e com a Cetesb sobre a espuma rosa, mas ainda não teve resposta.

As indústrias instaladas próximas ao local atingido também foram questionadas. Em nota, o diretor geral da Socer Brasil, Paulo Roberto Seixas, afirma que a empresa atua no local há mais de 18 anos e “nunca teve qualquer problema de contaminação do meio ambiente”. “Nossa empresa trabalha em um regime de circuito fechado, ou seja, toda água de resíduo gerada passa por um tratamento interno e volta para nosso processo. Com isso não temos nenhuma emissão de efluentes no Rio Jundiaí ou em qualquer outro manancial da cidade.”

A outra empresa questionada afirmou que vai mandar uma posição oficial sobre o assunto.

O flagrante da espuma foi feito uma semana dias após a água preta assustar moradores e matar toneladas de peixes em outro rio que corta a cidade de Salto, o Tietê. Segundo a internauta Rafaela Paes, moradora da região, o susto foi grande. "A água estava parecendo piche, asfalto derretido. Muito feia a situação", conta.

Segundo ambientalistas, o rio ficou com cor escura durante o dia e a tarde em um trecho de 100 km. No início da noite, uma espuma densa tomou conta de parte do rio. Já na manhã de sexta-feira, a cor da água era marrom. De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente da cidade, sinal de que a qualidade da água havia melhorado.

A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) considerou a alteração na coloração da água como um “fenômeno natural” após longos períodos de estiagem. A forte chuva dos últimos dias teria carregado resíduos do solo de afluentes e do próprio leito do rio.
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