A auditoria realizada pela Controladoria Geral do Estado de Mato Grosso (CGE) nas obras de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) confirmou que a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) foi conivente com os atrasos do novo modal, já que tinha conhecimento dos problemas e nada fez para corrigi-los. Além disto, os pagamentos ao Consórcio construtor também continuaram a ser feitos.
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Diversos relatórios foram encaminhados pela empresa Planserv, que foi contratada por R$ 44 milhões pelo Governo do Estado para fiscalizar o andamento das obras, alertando o sobre os atrasos e irregularidades existentes na construção do novo modal de transportes de Cuiabá e Várzea Grande.
Também consta que a gestão de Silval também foi alertada por meio de ofício da Caixa Econômica Federal, responsável pelo financiamento do empreendimento, sobre os diversos problemas. No relatório de trabalho a CGE encontrou o Ofício n° 2187/2013 da Caixa Econômica Federal, datado em 31 de junho de 2013 e endereçado ao então governador do Estado. No documento, a financiadora demonstra que estava preocupada com o andamento da obra, que naquele momento já estava com um atraso preocupante.
Este alerta foi feito um ano após o início da construção do novo modal. O mesmo ofício sugere um “plano de ataque” visando a entrega da obra na data em que foi acordada inicialmente, ou seja, junho de 2014, mês em que tiveram início os jogos da Copa do Mundo. Porém, nenhuma atitude foi tomada pela gestão do governador Silval Barbosa, que continua a realizar os pagamentos para o Consórcio VLT.
Até o momento, não foi apresentado um cronograma factível para a execução da obra que está com um atraso de 18 meses. As obras do novo modal estão paralisadas desde dezembro de 2014. O Executivo irá divulgar maiores informações em uma coletiva de imprensa que está marcada para ás 15 horas desta quinta-feira (05).
Vale lembrar que diversos erros e falhas foram encontradas nas diversas obras do VLT, incluindo fissuras. O relatório divulgado pela Planserv, apontou quase 600 problemas na execução do projeto. O viaduto da Sefaz (Jamil Boutros Nadaf), lolizado na avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA), foi o que apresentou patologias mais emblemáticas, já que teve de ser interditado por risco de queda.
