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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Vírus Zika

Aumento em casos de microcefalia preocupam Poder Público; Rondonópolis registra 46 dos 54 casos no Estado

Foto: Reprodução

Aumento em casos de microcefalia preocupam Poder Público; Rondonópolis registra 46 dos 54 casos no Estado
Com 46 casos de microcefalia registrados esse ano, Rondonópolis (214 km de Cuiabá), lidera lista de casos no Estado, acompanhado dos municípios de Pedra Preta, Alto Araguaia, Alto Garças e São do José do povo, com apenas um registro cada. Todas as cidades estão localizadas na mesma região, no sul de Mato Grosso. A doença vem preocupando o Poder Público, já que pode ser causada pelo vírus Zika, transmitido pelo mosquito Aëdes aegypti, que demonstra alta incidência estadual. Por conta disso, a Secretaria de Estado de Saúde, anunciou hoje, 27, um Plano de Ação Emergencial de Controle ao inseto.


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Considerando que situação tem registrados índices fora da normalidade também em outras áreas do país, a ajuda do exército chegou a ser cogitada, mas ainda não há um posicionamento oficial, já a decisão depende ainda da aprovação da presidente Dilma Roussef.

De acordo com a médica pediatra da Vigilância do Estado, Silbene Lotufo Barbosa Muller, Silbene Lotufo explica que a doença é má formação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Deste modo, os bebês portadores nascem com a cabeça menor do que o normal, habitualmente superior a 33 cm. “ Istopode ser detectado mesmo no exame pré natal. O médico responsável percebe que a cabeça dos nenéns não segue o mesmo padrão de outros da mesma idade e sexo, e assim encaminha a gestante para o acompanhamento necessário.

Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, o secretário responsável pela Pasta, Eduardo Bermudez, disse que ainda não há uma epidemia, mas classificou a situação como “fora do eixo”. De acordo com ele as ocorrências também preocupam o Ministério da Saúde e para que as ações resultem em resultados mais rápidos e eficazes, será necessário  contar com o apoio de outras secretarias.

“O que podemos fazer de imediato é um plano de ação, levantando dados e trabalhando com prevenção, para isso a participação da sociedade é importantíssima. Também contamos com investimentos em ciência e tecnologia que para que possamos combater a doença”, disse.

Silbene também explica que cerca de 80% dos infectados não apresentam sintomas, por isso, é possível que uma mãe tenha sido contaminada e não saiba. Quando sintomática, é caracterizada por febre intermitente, dor de cabeça, vermelhidão dos olhos e da pele.

A profissional lembra que a microcefalia não é necessariamente causada pelo Zika, podendo decorrer de outras infecções ocorridas durante a gestação. Por este motivo, ainda não é possível apontar o vírus como motivo do surto na região, que, segundo informações do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC), não havia feito registro específico de microcefalia nos últimos 10 anos.
“A microcefalia pode se manifestar por fatores de diferentes origens, como substâncias químicas, agentes biológicos, como bactérias, vírus, radiação e problemas genéticos”, explica a médica.

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Incidência do mosquito e controle

A superintendente de Vigilância em Saúde, Maria de Lourdes Girardi, divulgou dados relativos a proliferação do inseto. Segundo ela, a maior parte dos casos em que se constata ambiente propício a sua reprodução, poderiam ser evitados, pois se tratam de depósitos passíveis de remoção, como pneus, lixo, recipientes plásticos e sucatas por exemplo.

Esta categoria representa 40% dos criadouros, seguida por recipientes de armazenamento de água (não removíveis), como caixas d’água, poços, cisterna, filtros, e potes, com 38%; pequenos depósitos, como vasos, frascos, pratos e bebedouros, 19%; e depósitos fixos, como calhas, ralos, tanques e piscinas, contabilizando 3%.

“A conscientização vai mais além da limpeza da residência de cada um. É preciso atentar para outras possibilidades oferecidas ao mosquito. Tem gente que limpa sua casa, mas joga o lixo no primeiro terreno baldio que encontra”, afirmou.

Recomendações

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, até que se esclareçam as causas do aumento da incidência de microcefalia, as mulheres que pretendem engravidar devem conversar com a equipe de saúde de sua confiança. Não há uma recomendação do Ministério da Saúde para evitar a gravidez, mas nessa consulta, devem ser avaliadas as informações e os riscos para a tomada da decisão.

Ainda assim, o Ministério reforça a importância do acompanhamento pré-natal e aconselha que não haja consumo de bebidas ou qualquer tipo de drogas durante o período de gravidez. Além disso, é importante que as mulheres nestas condições evitem contato com pessoas com febre, exantemas, ou infecções e que tome medidas para se para se proteger dos mosquitos, mantendo portas e janelas fechadas, usando roubas compridas e utilizando repelentes apropriados. 
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