Mesmo mantendo o título de principal líder da base aliada pró-reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT), o ex-goverandor e senador Blairo Maggi (PR), em viagem ao exterior com a família, foi considerado "carta fora do baralho" no processo sucessório, durante reunião da base aliada, na noite desta quinta-feira (10), no auditório do Hotel Delmond (Starlis Group), região do CPA, em Cuiabá. A reunião subseqüente dos partidos da base aliada acontece na próxima segunda-feira (15), a partir das 19 horas, no mesmo local.

Jantar em Brasília sela união em torno de Taques e afasta risco de Jaime em terceira via
Silval Barbosa participará de campanha aliada em MT, mas só em finais de semana e fora do horário de expediente

"Esperamos o máximo no limite da responsabilidade e fizemos todos os apelos possíveis. Agora, a nossa vida segue sem o Blairo [como candidato] e temos de decidir dentro deste grupo aqui", explicou o presidente do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, principal coordenador das discussões no rol das nove lgendas aliadas, que aproveitou para apresentar o ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva como pré-candidato oficial do partido de Ulysses Guimarães.

Outros dois dirigentes partidários de peso consideraram Maggi como formalmente fora de páreo: o vice-governador Chico Daltro, presidente do PSD, e o deputado federal Valtenir Pereira, presidente do Pros. "Converamos várias vezes com ele e sempre foi taxativo: não é candidato", lembrou Daltro. "A desistência da candidatura é um ato de vontade própria e temos de respeitar", ponderou Valtenir.

Dos maiores partidos, somente o presidente do PR, deputado federal Wellington Fagundes, não fechou de vez as portas para a volta de Maggi. "Em todas as vezes, Blairo disse que está fora [da disptua para goverandor]. Mas tenho tempo suficiente na vida pública para saber que, em política, nada é definitivo", completou Fagundes, para a reportagem do Olhar Direto.



A ausência do ex-prefeito Maurício Tonhá, o 'Maurição da Água Boa', praticamente reduziu a três os pré-candidatos a goverandor entre os aliados: Ludio Cabral (PT), Chico Daltro e Julier Sebastião.

"Vim somar e consciente de que posso fazer por Mato Grosso, 'aqui fora', muito mais do que na magistratura", disse Julier, que saiu da reunião apressado para ir a um compromisso familiar - o aniversário da filha.

A reportagem do Olhar Direto apurou que o PR somente sustenta com unhas e dentes a pré-candidatura de Wellington Fagundes para o Senado. Com exceção de PMDB e PSD, os demais partidos apóiam abertamente a postulação de Fagundes. No arco de alianças, PMDB, PR, PT, PSD, Pros, PCdoB, PSC e PRB têm em comum o desejo de apaoiar a reeleição de Dilma.

O presidente estadual do PC do B, Aislan Galvão, acredita que, na próxima reunião da base governista, três novos partidos tendem a ingressar na aliança: Partido Ecológico Nacional (PEN), Partido Social Liberal (PSL) e Partido Progressista Cristão (PPC).

Eles se somariam a PMDB, PR, PT, PSD, Pros, PCdoB, PSC e PRB. Caso haja bipolarização, o bloco encabeçado pelo senador José Pedro Taques, pré-candidato ao Governo pelo PDT, deve contar com partido de Leonel Brizola, PSB, PPS, DEM, PV, PSDB e Solidariedade (SDD).

Em se mantendo o atual cenário, as duas candidatuas alternativas seriam do ex-diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot, e do jornalista José Marcondes Neto, o 'Muvuca' (PHS). Ambos estariam enfentando sérias difucldades para buscar alianças. Pagot chegou a flertar seriamente como DEM e PPS, mas não avançou.