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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Beltrame não acredita que criminosos do RJ estejam à 'caça' de PMs

O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse não acreditar que criminosos estejam à caça de policiais no estado. A declaração foi feita durante cerimônia de formatura de 61 aspirantes na Academia de Polícia Militar, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio, nesta  segunda-feira (1º).


Somente na noite do sábado passado (29), três policias militares foram mortos. Um deles em Rocha Miranda, no Subúrbio do Rio; outro em Vilar dos Teles, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e o terceiro em Magé, também na Baixada. Segundo Beltrame, os três PMs foram vítimas de assalto.

“Existe hoje um reducionismo na segurança, uma visão míope e tacanha que acha que tudo cabe à polícia. Temos uma Constituição moderna e bem feita, mas que, infelizmente, joga tudo sobre a polícia. Não temos proteção de fronteira, não temos segurança primária que cabe aos municípios e não se fala nem no legislador, que fazem leis benevolentes, misericordiosas até. E que também não cuida da questão do crack, nem do menor. Na minha visão, isso não é só um caso de polícia, tem de envolver ações sociais, Ministério Público e Justiça”, afirmou Beltrame.

Após os episódios de violência envolvendo policiais no final de semana, Beltrame convocou uma reunião com a cúpula da polícia Civil e Militar. Porém, durante o evento desta segunda, ele disse que não vai divulgar o horário e o local do encontro para não atrapalhar o trabalho da polícia. Beltrame afirmou ainda que vai continuar investindo na expansão do projeto de Polícia Pacificadora (UPP) nas comunidades.

No domingo (30), o relações-públicas da Polícia Militar, coronel Claúdio Costa, disse em entrevista à Globonews que não há relação entre as mortes dos policiais. Ele descartou a possibilidade de facções criminosas terem ordenado esses ataques.

Exército na Maré
O governador Luiz Fernando Pezão afirmou no sábado (29) que pretende conversar com a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que a Força de Pacificação permaneça no Conjunto de Favelas da Maré após dezembro, prazo inicialmente previsto. Segundo Pezão, em razão das dificuldades enfrentadas na região, a ideia é que a Força de Pacificação continue ocupando as comunidade até que novos policiais militares se formem no Rio.

Beltrame também compartilha da mesma opinião e defende a permanência do Exército por tempo indeterminado. Segundo ele, os militares estão fazendo um bom trabalho na comunidade e é importante que as forças de segurança do Brasil trabalhem juntas.

Enterros
Os corpos dos três policiais que foram assassinados em um período de três horas no sábado (29) serão enterrados nesta segunda-feira (1º). O subtenente Jorge Henrique Xavier, que morreu em Magé, na Baixada Fluminense, será enterrado no Cemitério de Suruí. O sepultamento do subtenente Jorge Serrão, assassinado em Rocha Miranda, no Subúrbio, será às 14h no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. Já os enterros de Diego Santos de Oliveira, policial militar lotado na UPP do Morro do Turano, e seu irmão Diogo Santos de Oliveira serão feitos no Cemitério de Vila Rosali, em São João de Meriti, às 16h.

Entenda o caso
O primeiro crime ocorreu na Rua Lageado, em Rocha Miranda, no Subúrbio, por volta das 20h. O subtenente da PM Jorge Serrão, lotado no 21º BPM (São João de Meriti), estava na companhia do filho, próximo à sua residência, quando foi abordado por dois criminosos. O policial teria tentado reagir e acabou sendo morto. O filho não ficou ferido.

De acordo com informações do 9º BPM (Rocha Miranda), o policial teria sofrido uma tentativa de assalto. Segundo a DH, foi instaurado inquérito para apurar as circunstâncias da morte do policial militar. Foi realizada perícia no local do crime e testemunhas estavam sendo ouvidas neste domingo. Equipes da delegacia estão em busca de câmeras de segurança que possam ajudar na identificação dos autores do crime.

O segundo caso ocorreu em Vilar dos Teles, distrito de São João de Meriti, Baixada Fluminense. Diego Santos de Oliveira, policial militar lotado na UPP do Morro do Turano, e  seu irmão Diogo Santos de Oliveira, foram vítimas de uma tentativa de assalto na Estrada Santiago, próximo ao Morro das Pedrinhas.

O policial teria reagido e acabou baleado junto com o irmão. Os dois morreram no local. De acordo com informações do 21º BPM, bandidos teriam tentado levar a moto de Diogo, irmão do policial. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídio da Baixada Fluminense, que esteve no local para a realização de perícia.

O terceiro caso ocorreu no município de Magé, no bairro de Suruí. O subtenente identificado como Jorge Henrique Xavier, lotado no 16º BPM (Olaria), foi morto também no que seria uma tentativa de assalto. Segundo informações do batalhão de Magé, o crime ocorreu por volta das 21h na Rua São Nicolau. O caso também será investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.
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