Olhar Direto

Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Cidades

PSVG

CRM quer que Estado pague internação particular

Uma série de irregularidades sem fim encontradas durante vistoria realizada na semana passada no Pronto Socorro de Várzea Grande (PSVG) levou o Conselho Regional de Medicina (CRM) a pedir ao Ministério Público (MPE) medidas judiciais drásticas contra o município e o Estado na tentativa de garantir mais decência no atendimento prestado à população.


O órgão fiscalizador enviou ao MPE, nesta segunda-feira (23), o termo de vistoria no PSVG contendo todas as irregularidades encontradas pelos conselheiros (leia o documento na íntegra aqui) e defende até que a Justiça obrigue o poder público a pagar pelos serviços aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) na rede privada.

“Faltam profissionais, falta estrutura física, as pessoas que lá vão para um atendimento de urgência e emergência não têm condições de serem atendidas com dignidade. Nós vamos entregar para o Ministério Público [o termo de vistoria na unidade] e que o MP tome as medidas cabíveis. O CRM pede socorro. A gente fica com a sensação de impunidade total”, anunciou a presidente do órgão, Dalva Alves das Neves.

Devido a tantas irregularidades e em meio ao estado de greve anunciado pelos médicos, que atuam na rede pública de Várzea Grande, Dalva foi questionada sobre a possibilidade de interdição ética no PSVG, mas ela descartou tal medida.

O raciocínio é de que a população ficaria em situação ainda pior e isso provocaria uma corrida ao PS de Cuiabá, que também não opera nas melhores condições.

“O Estado pode ser acionado para que pague a rede privada e atenda aquele paciente que não pode ficar sem o atendimento de urgência e emergência. Se o PSVG não tem condições de fazê-lo, então o Estado tem que pagar para que ele fique em um hospital particular recebendo o seu atendimento de urgência e emergência”.

Série de irregularidades

Dentre as irregularidades encontradas no PSVG estão pacientes em período de observação nos corredores; salas de observação abarrotadas; sala de emergência improvisada sem médico e enfermeiro plantonistas presentes, sem condições de higiene pessoal ou para manipulação de medicamentos, sem carrinho de emergência ou espaço para deslocamento dos profissionais; materiais limpos e sujos misturando-se a medicamentos no balcão improvisado como posto de enfermagem; número de banheiros insuficiente; móveis se deteriorando; desfibriladores inoperantes; e sala de pré-parto sem funcionar.

Na mesma unidade, o CRM também constatou falta de sala de reanimação; cestos de lixo descobertos; central de esterilização com evidente risco de incêndio; medicamentos acondicionados de forma incorreta; falta de enfermeiro no centro cirúrgico; instalações elétricas expostas; expurgo e banheiro da UTI adulta sem limpeza; ausência de climatização nas enfermarias; ausência de profissional de radiologia; entre vários outros.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet