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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Doentes mentais e dependentes químicos

CRM revela condições degradantes de pacientes do Adauto; veja fotos

Foto: Da Assessoria/CRM

CRM revela condições degradantes de pacientes do Adauto; veja fotos
É assombrosa a situação do Centro Integrado de Atenção Psicossocial Adauto Botelho, revelada nesta segunda-feira (23) pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) após vistoria no hospital e na área de internação dos dependentes de álcool e drogas. O absurdo das condições do local pode ser conferido nas fotos fornecidas pelo CRM.


A calamidade levou o CRM a enviar ao Ministério Público (MPE) os termos da vistoria e fotos do local para que alguma providência judicial seja tomada, o mesmo procedimento adotado em relação ao Pronto Socorro de Várzea Grande. O CRM também estuda uma interdição ética no CIAPS, o que deve ser debatido na próxima plenária do órgão. No Adauto Botelho, três pacientes morreram em 2010 por complicações clínicas e atendimento inadequado. Este número subiu para sete em 2011.

“Não tem condições de um CIAPS desse funcionar. São condições subumanas. Está havendo uma infração, o Estado está infringindo a lei”, enfatizou a presidente do CRM, Dalva Alves Neves em entrevista coletiva à imprensa concedida hoje.

Na ala para pacientes com doenças mentais, as condições da área externa já saltam aos olhos pelo abandono. Dentro das enfermarias, uma mistura de bolor, infiltração, pintura descascada, camas enferrujadas e iluminação quebrada, em um ambiente de calor, chamam a atenção.

Os banheiros não têm condição de uso, sequer chuveiro, água quente ou até mesmo ralo. A higienização no local é um dos maiores problemas e o lixo hospitalar é misturado ao lixo comum. No pátio externo, o lixo se acumula. Já no interno, teoricamente voltado para “recreação”, uma caixa de esgoto sem tampa exala mau cheiro.

Entre os pacientes, há dependentes químicos e doentes mentais convivendo no mesmo ambiente, o que gera abusos e agressões entre eles.

Na unidade para onde vão dependentes químicos de todo o Estado para tentar se recuperar, a vistoria do CRM não encontrou sequer médicos atendendo ou ambulância para transportar algum dos 27 pacientes. Os médicos só aparecem de manhã ou terça e quinta-feira de tarde. Não há enfermeiros à noite.

Entre os absurdos da estrutura física e da falta de equipamentos estão vidros quebrados, banheiros que não funcionam, teto de PVC danificado,paredes descascando, falta de climatização, goteiras, falta de leitos, falta de lixeiras e de carrinhos de emergência, para citar apenas alguns. Há pacientes deitados no chão, sem o mínimo de conforto.

Os termos de vistoria produzidos pelo CRM nos dias 5 de dezembro do ano passado e no último dia 19, relatando todas as irregularidades no CIAPS estão disponíveis, nos respectivos links.

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